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Bolsonaro relaciona Crise dos Mísseis em Cuba de 1962 com operação russa na Ucrânia

© Folhapress / Gabriela BilóPresidente Jair Bolsonaro (PL) participa de abertura da exposição alusiva ao bicentenário da Independência do Brasil, no Palácio do Planalto, em Brasília, 15 de agosto de 2022
Presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de abertura da exposição alusiva ao bicentenário da Independência do Brasil, no Palácio do Planalto, em Brasília, 15 de agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 13.09.2022
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Presidente brasileiro comparou conflito ucraniano à crise dos mísseis em Cuba na década de 1960 e diz que o pensamento que levou o presidente russo, Vladimir Putin, a começar a operação é ver que a OTAN poderia colocar mísseis perto de Moscou.
Nesta terça-feira (13), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), comentou sobre a operação russa na Ucrânia e comparou a ação a crise dos mísseis em Cuba em 1962, segundo a Folha de São Paulo.
"O que deve ter passado na cabeça dele [do presidente russo Vladimir Putin]? 'Os caras estão entrando para a OTAN, vão botar o míssil a poucos minutos de Moscou.' Igual à [situação na] baía dos Porcos [em referência à crise dos mísseis] em 1962. A União Soviética botou [mísseis balísticos] lá [em Cuba] e o governo americano falou 'tira ou o bicho vai pegar'. Os caras tiraram", afirmou em entrevista, citada pela mídia, a seis podcasters simpatizantes.
Até o momento, a posição do Brasil em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia foi de neutralidade. Ao visitar Moscou, em fevereiro, o presidente brasileiro se disse solidário à Rússia, o que gerou mal-estar com a Casa Branca.
Meses depois, Bolsonaro teve uma conversa telefônica com o líder ucraniano, Vladimir Zelenksy, que criticou a neutralidade do Brasil na crise. "Não acredito que alguém possa se manter neutro quando há uma guerra no mundo", disse.
A crise dos mísseis mencionada pelo mandatário aconteceu quando o então líder cubano, Fidel Castro, convenceu a União Soviética a instalar mísseis balísticos na ilha, sob o argumento de que eles serviriam como instrumentos de dissuasão militar. Na época, Washington também tinha mísseis do tipo na Turquia, próximo à Rússia.
Após aviões americanos identificarem a instalação dos mísseis soviéticos, Washington e Moscou se ameaçaram mutuamente e o impasse – que durou 14 dias – deixou o mundo à beira de uma guerra nuclear. O acordo para a retirada dos mísseis de Cuba só foi alcançado quando os EUA prometerem publicamente não invadir a ilha. Secretamente, os EUA também concordaram em retirar seus mísseis da Turquia, relembra a mídia.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Alberto França, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, estendem as mãos em cumprimento durante entrevista coletiva conjunta após reunião em Moscou, em 15 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.09.2022
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