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EUA lucram com crise energética da Europa, mas efeito colateral está por vir, advertem economistas
EUA lucram com crise energética da Europa, mas efeito colateral está por vir, advertem economistas
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Funcionários da Casa Branca sugerem que o efeito econômico de uma recessão da União Europeia (UE) nos EUA será "modesto", com alguns economistas americanos até... 13.09.2022, Sputnik Brasil
2022-09-13T07:02-0300
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"A União Europeia já caminha para a recessão mais dura que se pode imaginar como resultado do aumento vertiginoso dos preços da energia, de uma enorme redução do poder de compra dos europeus e dos enormes custos financeiros do transporte de grandes volumes de armas para a Ucrânia", disse Mamdouh G Salameh, economista internacional de petróleo e especialista global em energia. Funcionários da Casa Branca acreditam que "a crescente probabilidade de uma recessão na Europa é improvável que mude sob a trajetória atual", escreve o jornal. As autoridades apontaram ao jornal que o impacto sobre os EUA de uma recessão europeia seria "modesto e controlável", citando estimativas do Departamento do Tesouro e Conselho dos Assessores Econômicos. Os EUA devem capitalizar da crise energética europeia e não estão fazendo nada senão sacrificar a segurança da UE, de acordo com Gal Luft, codiretor do Instituto de Análise de Segurança Global e conselheiro sênior do Conselho de Segurança Energética dos EUA. "As dezenas de navios-tanque de [gás natural liquefeito] GNL que cruzam o Atlântico são um testemunho do compromisso dos EUA em substituir o gás russo pelo norte-americano", explicou Luft. "A questão é que o fornecimento dos EUA é insuficiente para substituir o fornecimento da Rússia e a mudança do gás russo [de gasoduto] para GNL levará anos e bilhões de euros para se materializar, em um momento em que a Europa está sob extrema aflição econômica. Os EUA querem retirar o gás russo da Europa para que eles possam devorar essa parcela do mercado.", disse. Por outro lado, uma paralisação completa das exportações russas de petróleo prejudicaria seriamente a economia dos EUA, dando um novo impulso aos preços globais da energia, observa WP, citando a secretária do Tesouro, Janet Yellen. "A Europa é a parceira mais importante da América e uma recessão lá se espalhará imediatamente aos EUA. Um dólar estadunidense forte tornará as exportações dos EUA para a Europa menos competitivas e isso prejudicaria os esforços dos EUA para se reindustrializar. Uma recessão europeia também pode desencadear uma crise da dívida que forçará os EUA a intervir. Nada de bom poderia sair disso", frisou Luft, que concorda que existem elementos de autodestruição nas políticas dos EUA e da Europa em relação à Rússia.
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EUA lucram com crise energética da Europa, mas efeito colateral está por vir, advertem economistas
Funcionários da Casa Branca sugerem que o efeito econômico de uma recessão da União Europeia (UE) nos EUA será "modesto", com alguns economistas americanos até alegando que a crise econômica da Europa "pode, na verdade, ser positiva" para o país, avança The Washington Post.
"A União Europeia já caminha para a recessão mais dura que se pode imaginar como resultado do aumento vertiginoso dos preços da energia, de uma enorme redução do poder de compra dos europeus e dos enormes custos financeiros do transporte de grandes volumes de armas para a Ucrânia", disse Mamdouh G Salameh, economista internacional de petróleo e especialista global em energia.
Funcionários da Casa Branca acreditam que "a crescente probabilidade de uma
recessão na Europa é improvável que mude sob a trajetória atual",
escreve o jornal.
As autoridades apontaram ao jornal que o impacto sobre os EUA de uma recessão europeia seria "modesto e controlável", citando estimativas do Departamento do Tesouro e Conselho dos Assessores Econômicos.
Os EUA devem capitalizar da crise energética europeia e não estão fazendo nada senão sacrificar a segurança da UE, de acordo com Gal Luft, codiretor do Instituto de Análise de Segurança Global e conselheiro sênior do Conselho de Segurança Energética dos EUA.
13 de setembro 2022, 06:16
"As dezenas de navios-tanque de [gás natural liquefeito] GNL que cruzam o Atlântico são um testemunho do compromisso dos EUA em substituir o gás russo pelo norte-americano", explicou Luft. "A questão é que o fornecimento dos EUA é insuficiente para substituir o
fornecimento da Rússia e a mudança do gás russo [de gasoduto] para GNL
levará anos e bilhões de euros para se materializar, em um momento em que a Europa está sob extrema aflição econômica. Os EUA querem retirar o gás russo da Europa para que eles possam devorar essa parcela do mercado.", disse.
Enquanto os EUA acreditam que quanto mais fraca a UE fica, menos capacidade terá de resistir à sua pressão política, os europeus "eventualmente acabarão por ver os EUA em suas cores reais, [como] um império sinistro e ganancioso que recusará qualquer acordo ou tratado se esse não servir a seus interesses e deixará seus amigos sem qualquer hesitação ou acolhimento a novos amigos autoritários, se isso servir a seus interesses do momento", observou Salameh.
Por outro lado, uma paralisação completa das exportações russas de petróleo prejudicaria seriamente a economia dos EUA, dando um novo impulso aos preços globais da energia, observa WP, citando a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
"Atualmente os EUA importam mais de nove milhões de barris por dia", explicou Salameh. "Qualquer aumento nos preços do petróleo bruto aumenta a fatura de importação de petróleo dos EUA, amplia seu déficit orçamentário e incrementa suas dívidas atualmente superiores a US$ 26,5 trilhões [cerca de R$ 135,8 trilhões]."
"A Europa é a parceira mais importante da América e uma
recessão lá se espalhará imediatamente aos EUA. Um dólar estadunidense forte tornará as exportações dos EUA para a Europa menos competitivas e isso prejudicaria os esforços dos EUA para se reindustrializar. Uma recessão europeia também pode desencadear uma crise da dívida que forçará os EUA a intervir. Nada de bom poderia sair disso", frisou Luft, que concorda que existem elementos de autodestruição nas políticas dos EUA e da Europa em relação à Rússia.