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The Guardian explica o que Truss e Trump têm em comum

© AFP 2023 / Markus Schreiber Primeira-ministra britânica Liz Truss, Westminster Hall, 12 de setembro de 2022
Primeira-ministra britânica Liz Truss, Westminster Hall, 12 de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 13.09.2022
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A primeira-ministra britânica, Liz Truss, começou a luta contra a dissidência no seu gabinete, comunica o colunista do jornal The Guardian, Simon Jenkins.
Segundo o autor, Truss preferiria se livrar dos funcionários públicos experientes que não partilham as suas opiniões. Já nos primeiros dias no cargo, a primeira-ministra demitiu o ministro das Finanças, economista Tom Scholar, e o assessor de Segurança Nacional Stephen Lovegrove.
Durante a sua campanha eleitoral, Truss prometeu lutar contra a "ortodoxia do Tesouro" na política britânica. Nesse contexto, Jenkins acredita que a demissão de Scholar virou a ser demonstração do lema.

"Há suspeitas de que Truss tenha demitido estes funcionários não por eles terem cometido erros, mas temendo que podem acabar por ter razão. A substituição de Scholar vai ser inevitavelmente manchada como 'cabrão' de Downing Street. Até agora, ainda não propôs nenhum programa, nem ideológico nem político. Apenas um conjunto de lemas. Ao longo de toda a sua vida, ela tem mudado de opiniões. Agora ela proclama que não há de introduzir mais impostos, deve-se procurar o crescimento, gastar em defesa e 'vencer a Rússia'. Quando lhe pedem para explicar como se enquadram os seus números, apenas grita: 'ortodoxia do Tesouro'", reclamou Jenkins.

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No artigo em questão, a primeira-ministra não evitou ser comparada com Margaret Thatcher, que, segundo as lembranças dos contemporâneos, ouviu e respeitou a opinião da oposição nos momentos mais importantes. Quanto a Truss, ela carece da confiança na sua política, já que "suprime a dissidência".

"Em vez de discutir a mensagem, Truss mata o mensageiro. O mesmo, nós supomos, está acontecendo com Lovegrove. É o governo ao estilo de Trump. Tanto Johnson como Truss têm demonstrado que não podem tolerar quando na sua equipe há colegas que podem discordar deles", conclui o colunista.

Liz Truss, que antes ocupou o cargo de chefe da diplomacia britânica, foi eleita chefe do Partido Conservador na segunda-feira (12). A ex-ministra das Relações Exteriores recebeu 81,3 mil votos, superando o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak, que obteve 60,4 mil votos. Uma pesquisa do YouGov revelou que metade dos britânicos está insatisfeita com a eleição de Liz Truss ao cargo de primeira-ministra britânica, enquanto apenas 4% dos entrevistados saúdam a sua eleição.
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