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Diplomata russo diz que ONU e Unicef se esquivaram de site neonazista ucraniano que mira crianças

© AP Photo / John MinchilloVice-chanceler russo na Organização das Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyanskiy fala a jornalistas na organização, em 19 de abril de 2022
Vice-chanceler russo na Organização das Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyanskiy fala a jornalistas na organização, em 19 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 14.09.2022
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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês) evitaram referências em público e não mudaram seu comportamento em relação ao site neonazista ucraniano que visa crianças, entre outros alvos, por supostamente serem "inimigos" da Ucrânia.
O site Mirotvorets pratica vazamento de informações pessoais, tornando-as públicas. Algumas das pessoas listadas foram vítimas de assassinatos e atentados. Foi o caso da jornalista Daria Dugina, cujo carro em que estava foi alvo de um atentado a bomba em Moscou no último dia 20 de agosto.
De acordo com o vice-representante russo nas Nações Unidas, Dmitry Polyanskiy, a missão russa nas Nações Unidas enviou cartas ao Unicef sobre o caso de Faina Savenkova, de 13 anos, cujas informações privadas foram colocadas no site porque ela alertou contra o assassinato de crianças na região de Donbass.

"Depois que a escritora infantil de 13 anos Faina Savenkova, de Lugansk, descobriu que seus dados pessoais são exibidos no infame site Mirotvorets contendo uma lista de supostos 'inimigos da Ucrânia', ela pediu ajuda à ONU. Ela escreveu cartas ao secretário-geral da ONU e ao chefe do Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Unicef. Ela esperava que a ONU, que deveria preservar a paz e a estabilidade internacionais, a protegesse de ataques de nacionalistas ucranianos por apenas se dirigir ao Conselho de Segurança e pedir que não se esqueça dos filhos de Donbass", contextualizou o diplomata em seu canal do Telegram.

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Em seguida, o vice-representante russo na ONU apontou os resultados inócuos do pedido.

"Mas ela e todos aqueles que acompanham esta situação rapidamente ficaram desapontados. O secretário-geral evitou cuidadosamente referências a este assunto em público. Quanto ao Unicef, prometeu realizar uma reunião entre o especialista relevante do fundo e Faina."

Polianskiy disse que, apesar de a reunião não ter ocorrido — os representantes do Unicef apenas notificaram Faina que um especialista não pode encontrá-la por motivos pessoais —, a agência, no entanto, alegou ter tratado devidamente essa situação e se encontrou com Faina.
"Esse engano e farsa foram facilmente expostos, mas o UNICEF não mudou nada em seu comportamento", acrescentou.
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A missão russa imediatamente compartilhou as informações relevantes com Guterres e o Unicef, mas não recebeu nenhuma reação dos chefes da organização e do fundo (este, por sua vez, comandado pela diretora executiva Catherine Russel), disse Polyanskiy.
Em julho, a missão russa já havia enviado uma carta ao escritório de Guterres sobre o fato de 327 crianças terem sido listadas no site Mirotvorets como inimigas da Ucrânia.
Além disso, diplomatas russos de alto escalão se reuniram com a chefe do Unicef em agosto e apelaram a ela para que uma investigação fosse realizada.
O site Mirotvorets continua a funcionar, apesar do desejo do governo russo de tomar medidas contra ele e dos pedidos de vários governos dos Estados-membros da ONU para fechá-lo.
Devido a críticas feitas à postura do governo ucraniano nos últimos meses, o músico Roger Waters, um dos fundadores da banda Pink Floyd, foi adicionado à lista do site nacionalista ucraniano.
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