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67,5% dos brasileiros têm medo de sofrer agressão pela escolha política, diz pesquisa

© Folhapress / Edvaldo LealTribunal Regional Eleitoral (TRE) realiza ação de votação simulada com urna eletrônica, em 15 de junho de 2022
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) realiza ação de votação simulada com urna eletrônica, em 15 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 15.09.2022
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O medo de sofrer alguma forma de agressão em razão de suas escolhas políticas atinge mais da metade dos brasileiros, diante de um cenário de aumento da violência política no país.
Levantamento feito pela Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) aponta que 67,5% dos brasileiros sentem algum medo de sofrer agressão por motivação política. Esse percentual equivale a cerca de 113,4 milhões de brasileiros.
Os que têm muito medo são 49,9%, enquanto 17,6% afirmam ter pouco medo. Apenas 32,5% não têm esse temor.
O medo de sofrer ameaças diante do cenário posto pelas eleições de 2022 também é alto: 62,6% afirmam estar muito ou pouco preocupados com isso.
A pesquisa descobriu ainda que 3,2% dos entrevistados foram ameaçados em razão de suas escolhas políticas. O percentual representa cerca de 5,3 milhões de brasileiros.
"O aumento do porte e posse de armas de fogo por cidadãos e os recentes acontecimentos envolvendo violência letal entre civis por razões políticas são algumas das razões que demonstram a atualidade do problema da violência político-partidária", aponta o estudo.
O clima de hostilidade na eleição brasileira deste ano já é evidente, com candidatos sendo vítimas de ameaças com arma de fogo e casos de assassinatos por motivação política. No dia 7, quando se celebrou o Bicentenário da Independência do Brasil, um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi assassinado por um militante do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Mato Grosso. O autor do crime deu 15 facadas na vítima e tentou decapitá-la com um machado.
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Eleições 2022
Visões 'antagônicas': regulamentação das armas será tema central de segurança no próximo governo
Para evitar mais tensionamento no dia das eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu suspender decretos do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizaram a compra e o porte de armas. A decisão foi dada em liminar do ministro Luiz Edson Fachin, que destacou que o aumento da violência política tornou necessária a medida.
"Conquanto seja recomendável aguardar as contribuições, sempre cuidadosas, decorrentes dos pedidos de vista, passado mais de um ano e à luz dos recentes e lamentáveis episódios de violência política, cumpre conceder a cautelar a fim de resguardar o próprio objeto de deliberação desta Corte. Noutras palavras, o risco de violência política torna de extrema e excepcional urgência a necessidade de se conceder o provimento cautelar", disse na ocasião.
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