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ONU aprova participação de Zelensky por vídeo na Assembleia Geral; Brasil se abstém

© AFP 2023 / Ed JonesParticipantes de uma reunião da Assembleia Geral ficam em silêncio durante uma homenagem à rainha Elizabeth da Grã-Bretanha, na sede das Nações Unidas em Nova York, em 15 de setembro de 2022
Participantes de uma reunião da Assembleia Geral ficam em silêncio durante uma homenagem à rainha Elizabeth da Grã-Bretanha, na sede das Nações Unidas em Nova York, em 15 de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 16.09.2022
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Além do Brasil, mais 18 países se abstiveram de votar. Rússia argumenta citando "dois pesos e dusd medidas" uma vez que nações africanas que também estão em situação de guerra já foram impedidas de participar do formato.
A 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU marcada para terça-feira (19) contará, pela primeira vez, com a participação de um presidente de maneira virtual. Após votação, o organismo decidiu que o líder ucraniano, Vladimir Zelensky, poderá estar presente por videochamada no evento.
A decisão foi defendida por 101 de 193 nações. A Rússia e outras seis nações aliadas – Belarus, Cuba, Síria, Coreia do Norte, Nicarágua e Eritreia – foram contrárias, o Brasil se absteve, segundo a Folha de São Paulo. Além do Brasil, outros 18 países se abstiveram de votar. Entre eles, África do Sul, China Angola, Paquistão, Malásia e Tailândia.
O vice-embaixador russo na ONU, Dmitri Polianski, afirmou que Moscou sempre foi a favor de uma diplomacia presencial e acusou nações ocidentais de adotarem dois pesos e duas medidas.
"Líderes da África, que com frequência têm dificuldades semelhantes para chegar a Nova York, tiveram direitos do tipo negados", afirmou.
Anteriormente, Belarus apresentou uma emenda para permitir que todos os líderes com problemas de segurança para ir a Nova York, não apenas Zelensky, pudessem enviar mensagens gravadas. Mas o recurso foi rechaçado por 67 votos — foram 23 favoráveis e 27 abstenções.
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Segundo a Folha, o Brasil apoiou a tentativa belarussa. Interlocutores da missão brasileira relataram ao jornal que o país é favorável à proposta de que qualquer nação em situação de guerra possa participar de forma remota, sem favorecimento de apenas um líder.
O embaixador João Genésio de Almeida Filho, que representou o Brasil na sessão, disse aos presentes lamentar que o texto da proposta original, sobre abrir a exceção apenas para Zelensky, "politizasse uma questão que deveria ser processual".
"Caso contrário, muito mais Estados-membros teriam concordado com esta questão", frisou.
O presidente, Jair Bolsonaro (PL), vai à Assembleia-Geral depois de viajar a Londres, no Reino Unido, para o funeral da rainha Elizabeth 2ª na segunda (19). Sem encontros bilaterais de peso na agenda, ele fará o discurso de abertura do encontro, como manda a tradição histórica.
De acordo com a coluna de Lauro Jardim em O Globo, até agora, Bolsonaro tem agenda marcada dentro do evento com o Equador e a Polônia.
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