Chefe da agência da energia nuclear da Rússia diz que AIEA politiza crise na usina ucraniana
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O chefe da agência nuclear estatal russa Rosatom criticou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU por permitir que a política molde a narrativa ucraniana.
O Conselho de Governadores da AIEA aprovou uma resolução na última quinta-feira (15) exigindo que a Rússia "cesse imediatamente todas as ações contra e na usina nuclear de Zaporozhie", apesar do fato de que as tropas ucranianas têm estado bombardeando a instalação nuclear, por conta de a Rússia estar controlando a usina desde março para evitar um desastre radioativo.
"Eles sabem muito bem o que está acontecendo lá e de onde [os ataques] estão vindo [...] Eles definitivamente compartilham essas informações on-line com [a sede em] Viena e um componente político é adicionado em algum momento", disse Aleksei Likhachyov, da Rosatom, em entrevista publicada neste domingo (18).
A usina de Zaporozhie, no sul da Ucrânia, é a maior usina nuclear da Europa. O chefe da AIEA, Rafael Grossi, propôs uma zona segura ao redor da instalação nuclear depois que a missão visitou a usina no início de setembro.
As forças ucranianas passaram meses atacando a usina com fogo de artilharia, em uma tentativa de provocar um incidente e culpar a Rússia.