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Ex-oficial norte-americano revela ponto fraco dos EUA em possível confronto entre China e Taiwan

© Marinha dos EUAPorta-aviões USS Theodore Roosevelt (CVN 71) na Base Naval de Guam
Porta-aviões USS Theodore Roosevelt (CVN 71) na Base Naval de Guam - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2022
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Em seu artigo "Poderiam os militares dos EUA realmente defender Taiwan de uma invasão da China?", um ex-oficial de infantaria do Exército dos EUA comentou as declarações de Joe Biden, presidente americano, sobre um possível conflito em Taiwan.
De acordo com Brent Eastwood, em análise publicada pelo portal 19FortyFive, os Estados Unidos podem "mergulhar em um terrível cenário de confronto com a China" depois que a Casa Branca anunciou sua prontidão em "defender Taiwan".
Ele avalia que o Exército norte-americano não tem as melhores opções para proteger Taiwan e que diversos cenários do conflito poderiam causar perdas navais consideráveis aos EUA.
O autor esclareceu que, no caso de um conflito, e no caso de Washington violar fronteiras chinesas, a China tem a capacidade de lançar ataques com mísseis contra a frota americana que estará na zona de combate.
Joe Biden, presidente dos EUA, durante reunião com seu homólogo chinês, Xi Jinping (fora da foto), em 2021 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 18.09.2022
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Se os chineses conseguirem provocar alguma destruição no grupo de porta-aviões norte-americanos, Eastwood está convencido de que isso seria "um pesadelo para a Marinha" do país ocidental.
"O Pentágono precisa garantir que a Casa Branca entenda o preço que terá que ser pago", alertou o especialista.
Brent Eastwood explicou que os EUA têm "dois grupos de batalha de porta-aviões na área, com superporta-aviões escoltados por destróieres, fragatas e cruzadores e complementados por submarinos".

"Os Estados Unidos também estariam usando aviões de guerra furtivos, como o F-35. A China responderia com caças como o J-20, que tem o atributo de evasão de radar. Provavelmente haveria trocas de mísseis entre os dois lados, e a Marinha usaria o sistema de combate Aegis para afastar mísseis inimigos", disse.

Há, todavia, um ponto fraco dos EUA em qualquer cenário de conflito: a ilha de Guam (situada 2.600 km ao leste das Filipinas), uma das mais estratégicas do leste da Ásia para o Exército norte-americano.
O destróier de mísseis guiados da classe Arleigh Burke da Marinha dos EUA, USS Sampson (DDG 102), realizou um trânsito de rotina no Estreito de Taiwan na terça-feira, 26 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2022
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"Sem segurar Guam, seria difícil defender Taiwan. A China tem bombardeiros H-6 que podem atingir Guam e disparar mísseis balísticos e de cruzeiro, incluindo armas hipersônicas", analisou o especialista.

Brent Eastwood expressou a esperança de que Washington e Pequim encontrem mecanismos diplomáticos para resolver a crise.
Em agosto, a situação em torno de Taiwan se agravou após a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha. Pequim não reconhece a soberania de Taipé e considera a região uma província de seu território.
Recentemente o chefe da Casa Branca, em entrevista ao programa de TV 60 Minutes, disse que, no caso de um confronto armado entre Taiwan e China, Washington poderia entrar nele do lado de Taipé.
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