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Estudo aponta razão de cidade do Oriente Médio ter caído há 2.000 anos

CC BY-SA 2.0 / Flickr.com / Fulvio Spada / Cidade antiga (imagem referencial)
Cidade antiga (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 23.09.2022
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Pesquisadores avaliaram que a quantidade de alimentação produzida na metrópole, que se localizava em um deserto na atual Síria, não era suficiente para sustentar sua população.
A cidade antiga de Palmira pode ter caído há 2.000 anos devido à fome na população, sugeriu uma equipe de pesquisadores da Noruega e da Dinamarca sobre a cidade, atualmente localizada na Síria, citados por artigo de quinta-feira (22) da emissora norueguesa NRK.
O poder do Império Romano tem sido visto como a única causa da destruição da cidade histórica. Na época ocorreu a rebelião de Palmira, que contribuiu para a queda do Império de Palmira, e que também coincidiu com uma das secas mais graves da história do Império Romano. Isso levou os pesquisadores a pensar que a falta de alimentos era uma das razões para os defensores terem perdido a guerra.
Uma das dúvidas foi quanta comida poderia ter sido cultivada para uma grande cidade no meio de um deserto. Mesmo usando técnicas de pesquisa avançada, como a coleta de água da chuva com a ajuda de barragens e reservatórios, usando modelos de computador e considerando os dados sobre a precipitação conhecida, os pesquisadores descobriram que os moradores só podiam cultivar alimentos suficientes para cerca de 40.000 pessoas na área ao redor da cidade a cada ano.
"Nossos cálculos mostram que as oportunidades dos palmiranos de alimentar sua própria população se deterioraram durante este período. Portanto, acreditamos que [a rainha] Zenobia e os habitantes de Palmira estavam em uma situação desesperadora. A escolha foi entre a guerra contra os romanos ou uma situação em que partes da população da cidade corriam o risco de morrer de fome", resumiu Eivind Seland, professor da Universidade de Bergen, Noruega, à NRK.
Para Iza Romanowska, da Universidade de Aarhus, Dinamarca, a segurança alimentar sempre foi a prioridade para as grandes cidades em ambientes inóspitos.
Interior de quarto de casa de Pompeia, no antigo Império Romano. - Sputnik Brasil, 1920, 08.08.2022
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Arqueólogos trazem à tona vida de classe média da cidade romana de Pompeia (FOTOS)
Rubina Raja, professora de arqueologia clássica na Universidade de Aarhus, crê que este método não só revela um novo lado de Palmira, mas também permite avaliar quão essencial é a segurança alimentar para o desenvolvimento histórico. Segundo Seland, o mesmo método pode ser extrapolado a outras cidades, áreas e épocas históricas.
Entre 260 e 273 d.C. Palmira foi uma metrópole próspera no deserto sírio e a capital de um Estado separatista de curta duração do Império Romano. A partir de 272 d.C. Palmira foi governada pela rainha Zenobia, que desafiou os romanos. Na época, o Império Romano, que estava sob o controle de um novo imperador, Aureliano, estava atormentado por guerra civil, e Zenobia sentiu que este era o momento perfeito de aproveitar para avançar os interesses de seu próprio filho Vabalato.
Ela perdeu a luta, e em 273 Aureliano destruiu a cidade. Suas ruínas foram redescobertas por viajantes ocidentais no final do século XVII, antes de serem destruídas parcialmente pelo Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) em 2015, durante a guerra na Síria.
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