EUA podem construir submarinos nucleares para Austrália ante o crescente poderio militar da China

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Submarino norte-americano da classe Virginia SSN 774 USS (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 24.09.2022
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A administração do presidente estadunidense Joe Biden está explorando possibilidades de um acordo para produzir nos EUA os primeiros submarinos nucleares para as Forças Armadas da Austrália, escreve The Wall Street Journal citando funcionários de países ocidentais.
A iniciativa busca fornecer a Camberra até meados da década de 2030 uma frota inicial de submarinos de propulsão nuclear, que possa passar mais tempo submersa, com o objetivo de responder ao crescente poderio militar da China na região do Indo-Pacífico, escreve o jornal.
Desta forma, Washington espera que, a longo prazo, a Austrália possa construir submarinos nas suas próprias instalações.
Não obstante, reconhece que a produção nos EUA pode enfrentar uma série de dificuldades principalmente financeiras.
Neste contexto, a cooperação trilateral AUKUS, estabelecida em setembro de 2021 pelos EUA, Reino Unido e Austrália, prevê que Washington ajude Camberra com as tecnologias necessárias para se dotar de submarinos de propulsão nuclear.
A Austrália espera receber até oito submersíveis com propulsão nuclear, enquanto insiste em seu compromisso de não-proliferação nuclear, já que não planeja possuir armas deste tipo.
Por sua vez, o representante permanente da China junto das Nações Unidas em Viena, Wang Quna, acusou a AUKUS de efetuar transferências arriscadas de materiais nucleares no âmbito da aliança trilateral.
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Wang Qun enfatizou que "a AUKUS vai além do regime internacional de não-proliferação existente e do mandato do secretariado da AIEA [Agência Internacional de Energia Atômica]".
"A questão não deve ser tratada pelos três países isoladamente, mas sim tratada pelos Estados-membros da AIEA", acrescentou.
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