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UE pondera proibição de transporte de petróleo russo em meio a discussão do teto de preço

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Navio-tanque Minerva Symphony - Sputnik Brasil, 1920, 28.09.2022
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No mês agosto, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Aleksandr Novak, criticou a decisão do G7 de introduzir um teto de preço para o petróleo russo como absurda, alertando que Moscou não entregaria derivados de petróleo a países que apoiassem a decisão.
A União Europeia (UE) está considerando adicionar restrições de transporte às sanções petrolíferas contra Moscou, enquanto Bruxelas continua a discutir a introdução de um teto de preço para o petróleo russo, disse a Bloomberg citando fontes não identificadas.
As fontes disseram que uma proibição de transporte impediria os navios da UE de transportar petróleo russo vendido acima de um limite acordado.
Ainda segundo as fontes, o bloco teria que mudar suas sanções antirrussas anteriores para permitir que o transporte e os serviços continuassem dentro de um limite de preço acordado, algo que todos os 27 Estados-membros da UE ainda precisam apoiar.
Entretanto, as fontes afirmam que vários detalhes ainda precisam ser acertados, incluindo o preço que os aliados estabeleceriam para o teto. Eles disseram que "as restrições da UE adotadas anteriormente entram em vigor em 5 de dezembro, mas podem afetar o comércio físico de petróleo muito antes disso, devido ao tempo necessário para contratar navios e levar as cargas aos seus destinos".
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Peskov adverte contra teto de preço

As alegações seguem as declarações do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, feitas a repórteres no início deste mês, que os planos do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) para um teto de preço do petróleo russo "desestabilizarão substancialmente" os mercados de petróleo.
Ele disse que as "medidas antirrussas do Ocidente levaram a uma crise [de energia] muito profunda" na Europa. Essas medidas levaram a uma situação em que os europeus compram gás natural liquefeito (GNL) dos EUA por uma quantia enorme de dinheiro, disse Peskov, acrescentando que "as empresas americanas estão ficando mais ricas, enquanto os contribuintes europeus estão ficando mais pobres".
Peskov disse também que o petróleo russo não entregue à Europa vai ser fornecido aos países que respeitarem as condições de mercado por meio de rotas alternativas.
O porta-voz do Kremlin referiu-se a uma recente observação do vice-primeiro-ministro russo Aleksandr Novak de que Moscou não vai entregar petróleo ou derivados a países que apoiem a ideia de limitar o preço do petróleo russo.
A afirmação ocorreu depois que a Embaixada da Rússia nos EUA alertou que o limite de preço do petróleo russo "só ameaça colapsar ainda mais o mercado de petróleo, que já está lutando para se recuperar após a pandemia de COVID-19".
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"Além disso, está sob pressão implacável de lobistas que promovem uma transição 'verde' turbinada", afirmou a embaixada, enfatizando que Moscou "não venderá petróleo com prejuízo" e isso "não funcionará em condições fora do mercado".
Durante a cúpula de junho, os membros do G7 emitiram um comunicado observando que o esquema de teto do preço do petróleo poderia ser implementado por meio de opções como permitir que o petróleo bruto e derivados de petróleo russos sejam enviados para todo o mundo, mas apenas se eles forem comprados dentro de um limite de preços.
Em março, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou a proibição das importações russas de petróleo, gás natural e carvão, e o Reino Unido seguiu o exemplo, declarando a suspensão das importações de petróleo e derivados russos a partir do início de 2023.
A UE disse que vai bloquear a maioria das importações de petróleo russo até o final de 2022. As decisões fazem parte de sanções severas que foram impostas à Rússia pelos EUA e seus aliados logo após o início da operação militar especial de Moscou para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia em 24 de fevereiro.
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