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Estaria a Terra perto de outro evento de extinção em massa? Cientistas analisam novas pistas

© Foto / Pixabay / MARTYSEBTerra desde nave espacial (imagem referencial)
Terra desde nave espacial (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 29.09.2022
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Há 66 milhões de anos, um asteroide gigante colidiu com a Terra, levando à extinção da maioria dos dinossauros e de 3/4 de todas as espécies, em um evento conhecido como a extinção em massa do K-T.
Amostras recentes coletadas da Lua lançaram luz sobre a dinâmica do Sistema Solar, incluindo a probabilidade de futuros asteroides provocarem uma catástrofe global na Terra.
Novas descobertas mostraram que os impactos de asteroides na superfície da Lua coincidiram com alguns dos maiores na Terra, incluindo o responsável pela morte dos dinossauros.
O estudo analisou as contas de vidro microscópicas existentes em amostras de solo lunar coletadas pela missão lunar Chang'e-5 da China em 2020. As pequenas esferas de vidro, que são resultado de alta temperatura e pressão gerada por quedas de meteoros, foram organizadas por idade para reconstruir uma linha de tempo aproximada do "bombardeamento lunar" e, curiosamente, os cientistas estabeleceram que coincide com eventos semelhantes na Terra.
O professor principal do estudo, Alexander Nemchin, do Centro de Ciência e Tecnologia Espacial (SSTC) da Universidade de Curtin (Austrália), disse que as descobertas indicam que o tempo e a frequência dos impactos de asteroides na Lua podem ter sido espelhados na Terra, contando-nos mais sobre a história da evolução de nosso planeta.
"Combinamos uma vasta gama de técnicas analíticas microscópicas, modelação numérica e pesquisas geológicas para determinar como estas esferas de vidro microscópicas da Lua foram formadas e quando", disse Alexander Nemchin, coautor do estudo e professor da SSTC, em comunicado.
A idade de algumas das contas de vidro aponta para cerca de 66 milhões de anos, ou seja, por volta da mesma época em que o asteroide De Chicxulub atingiu a Terra, provocando tsunamis, tempestades de fogo e nuvens de detritos suficientemente densas para bloquear o Sol.
Os cientistas envolvidos no estudo esperam que a continuação da investigação possa dar mais informações sobre esta grande explosão, e se foi ou não um evento seguido por uma série de explosões menores.
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"Se isto estiver correto," diz Nemchin, sugere que a distribuição de frequências etárias dos impactos na Lua pode fornecer informações valiosas sobre os impactos na Terra ou no Sistema Solar interior."
A equipa planeja agora comparar dados de amostras de solo lunar e de outras amostras de solo com as idades das crateras na superfície da Lua, na esperança de lançar luz sobre os impactos correspondentes na Terra que possam ter afetado a vida.
O estudo foi publicado na revista científica Science Advances.
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