Lula, Bolsonaro, Ciro, Tebet e mais 3 candidatos debatem agora na TV Globo; siga em tempo real

Luiz Inácio Lula da Silva enalteceu suas obras nas duas vezes em que presidiu o país e afirmou ter capacidade para "resolver os problemas" do Brasil. Ele afirmou sentir orgulho de ter investido na educação por meio de projetos como ProUni e o Fies, e ressaltou que o país era respeito internacionalmente quando ele era presidente, e pontuou ter sido escolhido o melhor líder da história brasileira.

Felipe D'Avila disse ser uma "tristeza" terminar o debate presidencial em "meio a uma baixaria de um país que está dividido". Ele apontou que o Brasil não progredirá se não mudar de presidente. "Vote bem, dê uma chance ao Novo", pediu.

Ciro Gomes disse aos eleitores que quer "prevenir" o povo brasileiro e "reconciliar" o país. Para o pedetista, é o "grande sistema" que impõe a manutenção do mesmo modelo de governança e econômico que não "é bom" para o povo.

Padre Kelmon disse que foi destratado como sacerdote e que existe muito ódio contra os padres no Brasil.

Soraya Thronicke destacou que prega a união e convidou os eleitores a visitarem suas redes sociais para ver uma foto de uma criança faminta que ela diz sintetizar a atual realidade do país. "Prestem atenção, não se deixem enganar de forma alguma. Não estou aqui por projeto pessoal", declarou.

Ainda no quarto bloco, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, escolheu Ciro Gomes, outra vez, para fazer sua pergunta. O tema da vez foi agricultura e o petista quis saber a opinião de Ciro sobre desmatamento. Lula disse que o "grande problema" é que o Brasil não percebeu que pode se valer da biodiversidade da Amazônia. Além disso, o petista afirmou que há uma ocupação desordenada na Amazônia. "Não haverá ocupação ilegal e garimpo", disse Lula.

Kelmon questionou qual a proposta dele para a área da habitação. Ao tomar a palavra, o candidato do Novo falou defendeu o financiamento da habitação com o dinheiro do orçamento e não do FGTS, que deve ficar "no bolso do trabalhador". Ele apontou que o Brasil precisa de transparência.

Já Kelmon falou sobre a quantidade de pessoas em situação de moradia de rua que "não aguentam" mais os mesmos discursos.

Em sua pergunta, D'Avila questionou sobre como melhorar a coordenação do SUS no contato com estados e municípios. Simone Tebet falou que essa coordenação necessita de um governo federal forte, atuante e sensível às necessidades das pessoas. Ela disse ser "lamentável" que o presidente não tenha agido dessa forma.

Em sua resposta, Soraya disse que a princípio não pretende privatizar a Petrobras. A candidata criticou a falta de transparência do governo em relação às estatais e questionou o lucro de todas essas empresas geridas pelo Executivo.

Jair Bolsonaro perguntou Kelmon sobre a maneira "correta de tratar a cultura brasileira". O petebista disse que nos governos anteriores a cultura foi "banalizada".

O presidente Jair Bolsonaro elogiou o secretário de Cultura Mário Frias e defendeu valores morais para a cultura brasileira. "A família brasileira era esculachada", comentou.

Lula disse que quando iniciou seu governo, em 2003, pegou o país com alto índice de desemprego e de dívidas. Ele apontou ser o responsável por construir uma reserva financeira para o país e enalteceu as obras construídas em suas gestões.

Bolsonaro não responde à pergunta e diz que: "Vacinou quem quis". Ele defendeu sua gestão ao longo da pandemia do coronavírus e disse que não é culpado pelas mortes de COVID-19. Ele criticou a CPI da Covid e afirmou que a candidata "gosta é de cargos", por isso "ficou chupando o dedo".

Soraya falou que o governo Bolsonaro "abandonou o país" e cresceu o número de crianças fora da sala de aula.

Antes de fazer a pergunta, a candidata do União Brasil agradece ao "verdadeiro" padre que consolidou o seu casamento. Em seguida, pergunta sobre as propostas do candidato do PTB.

Em sua resposta, Padre Kelmon defende sua congregação e diz que foi desrespeitado.

O petista disse que a cultura brasileira "vive um desmonte" na gestão Bolsonaro e questionou a proposta do candidato para o setor.

O pedetista disse que a cultura é responsável por afirmar a identidade de um país e defendeu a recriação do Ministério da Cultura, mas também rever as leis de fomento, como a Rouanet.

O candidato do PDT explicou que sua ideia é recriar o Ministério da Cultura e rever as leis de fomento. Ao final da sua resposta, no entanto, o pedetista mandou uma indireta ao dizer que Lula "não anda na periferia".

Em sua fala, Bolsonaro negou haver "corrupção generalizada em seu governo". Segundo Bolsonaro, o PIB brasileiro caiu devido à pandemia, mas hoje o país "é um exemplo para o mundo" na recuperação econômica.

O candidato também disse não haver corrupção na sua família, que é investigada no esquema de corrupção. Ciro reafirmou que Bolsonaro teve uma "chance de ouro" de acabar com o modelo de governança de seus antecessores, mas manteve.

Ele disse querer privatizar as grandes estatais, como a Petrobras, enquanto Tebet disse divergir em alguns pontos com o adversário, mas nutrir pontos em comum por desejarem manter governos em parceria com a iniciativa privada.

Lula disse que o padre Kelmon está desinformado. Após o apresentador do debate pedir, mais uma vez, para o candidato do PTB cessar as interrupções durante a fala de outros candidatos, Lula defendeu sua inocência.

Ele acusou o padre de estar fantasiado e chamou o padre de "candidato laranja". Em seguida, afirmou que as denúncias contra ele foram farsas montadas pelo Ministério Público e por Sergio Moro, que deixou o magistério para ser ministro de Bolsonaro.