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Italianos se preparam para protestar contra aumento de preços de energia em todo o país, diz mídia

© AP Photo / Antonio CalanniUm homem mostra uma conta de eletricidade com um aumento de 500% durante o protesto da associação de agricultores italianos sobre os altos custos de energia que afetam a produção na indústria agrícola, em Milão, Itália, 30 de setembro de 2022
Um homem mostra uma conta de eletricidade com um aumento de 500% durante o protesto da associação de agricultores italianos sobre os altos custos de energia que afetam a produção na indústria agrícola, em Milão, Itália, 30 de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 03.10.2022
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Trabalhadores e empresários italianos devem sair nesta segunda-feira (3) por todo o país para protestar contra o forte aumento nas tarifas de eletricidade e gás, informou a mídia local.
O grande sindicato União de Base (USB, na sigla em italiano) convocou as manifestações de trabalhadores e empresários no Dia Internacional de Ação, anunciado nesta segunda-feira pela Federação Sindical Mundial, para protestar contra a crise do capitalismo e a vulnerabilidade da classe trabalhadora, divulgou a emissora italiana SkyTg24.
O USB pediu "resistir ao aumento hiperbólico nas contas de eletricidade em 60% anunciado a partir de 1º de outubro", disse a emissora. Os manifestantes acusaram a União Europeia (UE) de inação no combate à especulação que causou um rápido aumento nos preços do gás. Ao mesmo tempo, a liderança do sindicato chamou a atenção para o ataque "misterioso" aos gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte), que trouxe benefícios óbvios para os EUA, segundo a destacou a mídia.

"Enquanto isso, aproxima-se o momento do colapso econômico das famílias e empresas italianas e não vemos nenhuma mudança de rumo no horizonte", disse o USB, lembrando que os governos dos países da UE continuam gastando enormes fundos públicos em apoios militares à Ucrânia.

Os protestos ocorreram esta manhã na cidade de Turim, no norte da Itália, reunindo jovens ativistas de organizações de esquerda em frente à filial regional do principal grupo de petróleo e gás do país, Eni, segundo a matéria.
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"A situação é muito grave. O aumento dos preços é causado pela escolha de governos que permanecem em posições imperialistas e pela especulação vergonhosa de que as grandes empresas estão engajadas. A energia deve ser pública. Só assim é possível estabelecer um teto de preços", disse o chefe da filial USB de Turim, Enzo Miccoli, no comício, conforme citado pela emissora.
Uma manifestação semelhante ocorreu no centro de Nápoles, onde um dos manifestantes queimou suas contas de eletricidade e gás, informou a emissora. Em Cagliari, capital da ilha italiana da Sardenha, ativistas protestaram em frente aos escritórios regionais da gigante italiana de energia elétrica Enel e do maior fundo de pensão estatal Inps, informou a SkyTg24.
De acordo com a mídia, à noite, protestos devem ser realizados em Roma, Milão, Florença, Pisa, Spoleto e outras cidades italianas.
Membros do novo movimento social Não Pague também expressaram sua disposição de se juntar a ativistas sindicais, que estão pedindo aos italianos que parem de pagar contas de serviços públicos, cujas tarifas aumentaram significativamente nos últimos meses, disse a emissora.
A Autoridade Reguladora Italiana de Energia, Redes e Meio Ambiente revelou que no terceiro trimestre de 2022, o chamado preço único nacional da eletricidade aumentou quase quatro vezes em relação ao primeiro trimestre, levando o regulador a tomar medidas adicionais para conter o crescimento. No quarto trimestre, o preço da eletricidade deve aumentar 59%, enquanto inicialmente deveria duplicar, disse a emissora, acrescentando que a decisão sobre os preços do gás deve ser tomada no início de novembro. A SkyTg24 disse que as tarifas podem aumentar em cerca de 70%.
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