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Irã aponta hipocrisia dos EUA após promessa de novas sanções por repressão a protestos

© AP Photo / Carlos BarriaAs bandeiras nacionais dos EUA e do Irã
As bandeiras nacionais dos EUA e do Irã - Sputnik Brasil, 1920, 04.10.2022
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O Irã criticou nesta terça-feira (4) a "hipocrisia" do presidente dos EUA, Joe Biden, que prometeu novas sanções contra Teerã em razão da resposta das autoridades iranianas a protestos após a morte da jovem Mahsa Amini.
O Irã é palco de manifestações políticas desde que Amini faleceu, em 16 de setembro. As autoridades do país afirmam que a jovem teve um ataque cardíaco enquanto estava sob custódia (detida por usar hijab "indevidamente"), falecendo em um hospital para onde foi levada para tratamento.
Na segunda-feira (3), Joe Biden anunciou que os Estados Unidos devem impor novas sanções "nesta semana" às autoridades iranianas. O governo Biden, também em resposta aos protestos, já sancionou a chamada "polícia da moralidade" do Irã.
Diante das novas restrições comerciais impostas ao país, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, decidiu se posicionar em suas redes sociais.
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Kanaani criticou o presidente dos EUA por suas observações intrometidas sobre os recentes distúrbios no Irã e aconselhou o chefe de Estado a refletir sobre o histórico de direitos humanos de seu próprio país.
"Durante anos, as pessoas do mundo testemunharam e estão testemunhando a verdadeira e desmascarada face dos direitos humanos americanos na Palestina, Afeganistão, Iraque, Iêmen, Líbia e Síria e até mesmo em solo americano", escreveu Kanaani.

"Teria sido melhor se o Sr. Joe Biden, antes de fazer gestos humanitários, tivesse pensado no histórico de direitos humanos de seu próprio país, embora a hipocrisia não precise ser pensada", disse o diplomata.

Autoridades iranianas culpam os países ocidentais por orquestrar os distúrbios para desestabilizar o país, escreve a agência de notícias Farsnews.
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Em um discurso para cadetes militares em Teerã na segunda-feira (3), o aiatolá Ali Khamenei condenou os tumultos no país, dizendo que eles foram orquestrados antecipadamente pelos Estados Unidos e pelo regime israelense.
Nos últimos dias, autoridades iranianas acusaram os Estados Unidos, a União Europeia e vários Estados ocidentais de se intrometerem nos assuntos internos do Irã pela morte de Mahsa Amini.
Teerã lembrou aos países que eles próprios carregavam uma "longa história de belicismo e violência" em todo o mundo e careciam de legitimidade que os autorizasse a "moralizar os outros" em relação aos direitos humanos.
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