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Após cortes da OPEP+, Biden está ante um dilema com opções de retaliação contra a Arábia Saudita

© AP Photo / John MooreKhaled al Otaiby, funcionário da petrolífera saudita Aramco, acompanha os trabalhos no campo de al-Howta
Khaled al Otaiby, funcionário da petrolífera saudita Aramco, acompanha os trabalhos no campo de al-Howta  - Sputnik Brasil, 1920, 08.10.2022
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Após a decisão da OPEP de cortar a produção de petróleo, o presidente dos EUA, Joe Biden enfrenta uma "escolha difícil": tentar conseguir a benevolência da Arábia Saudita ou tomar duras medidas de retaliação, escreve o The New York Times.
De acordo com o artigo, muitos em Washington consideraram a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) como uma "facada nas costas de Biden". O líder norte-americano terá que ponderar o que fazer com "esta decisão aparentemente traiçoeira".

O próprio Biden fez comentários deliberadamente suaves, falando sobre a "decepção" ante a decisão da organização, mas os membros do Partido Democrata dos EUA estão pressionando Biden a "punir" Riad.

"Em vez de punir a Arábia Saudita, os assessores de Biden parecem querer contrabalançar essa decisão usando mais petróleo da reserva estratégica", escreve o jornal.
Ao mesmo tempo, o presidente dos EUA tem "poucas opções" para combater a redução da produção e todas elas têm suas desvantagens.
O cancelamento das sanções impostas ao Irã e Venezuela poderia ajudar a aumentar a oferta no mercado em mais de um milhão de barris por dia, mas, no caso de Teerã, o foco está nas negociações nucleares que estão em um impasse. No caso da Venezuela, as perspectivas de um acordo também são "muito vagas".
Tanques de armazenamento em complexo petrolífero estatal da PDVSA perto de El Tigre, uma cidade localizada no cinturão petrolífero Hugo Chavez da Venezuela, formalmente conhecido como Cinturão do Orinoco, 18 de fevereiro 2015 - Sputnik Brasil, 1920, 06.10.2022
Panorama internacional
Diante de corte na produção da OPEP+, Venezuela pode ser alternativa para EUA
O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, disse em entrevista à Fox News que a decisão do país de apoiar os cortes da OPEP+ na produção de petróleo não foi feita para prejudicar os EUA, mas para estabilizar o mercado global em meio à desaceleração da economia mundial.
O ministro acrescentou também que a razão pela qual os EUA têm altos preços da gasolina é por causa do problema da escassez de refinarias.
A OPEP, liderada pela Arábia Saudita, anunciou nesta quarta-feira (5) um corte de produção de 2 milhões de barris por dia.
O governo Biden condenou a decisão da OPEP+ de cortar a produção de petróleo. Além disso, a Casa Branca anunciou uma liberação de dez milhões de barris da reserva estratégica de petróleo dos EUA em resposta à decisão.
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