Em Berlim, milhares protestam contra o governo e pedem o fim das sanções russas (FOTOS, VÍDEO)
21:26 08.10.2022 (atualizado: 00:43 09.10.2022)
© Sputnik / Aleksei Vitvitsky Bandeira alemã no prédio do Bundestag, Berlim, no dia das eleições legislativas, 26 de setembro de 2021
© Sputnik / Aleksei Vitvitsky
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Milhares de manifestantes se reuniram do lado de fora do parlamento alemão para protestar contra o governo e pedir às autoridades que levantem as sanções contra a Rússia.
As informações foram confirmadas pelo correspondente da Sputnik em Berlim e diversos vídeos que circulam nas redes sociais estimam que havia ao menos 10 mil pessoas na manifestação.
O ato, intitulado "Nosso país em primeiro lugar", foi convocado pelo partido de oposição de direita, o Alternativa para a Alemanha (AfD).
🇩🇪 Tens of thousands of Germans have rallied in Berlin today against anti-Russian sanctions, energy prices, NATO and for an end to the war in Ukraine. #AfD #AfDDemo #UnserLandzuerst pic.twitter.com/esNYWd5pMh
— European Insider (@Europa_Insider) October 8, 2022
Dezenas de milhares de alemães se reuniram hoje em Berlim contra as sanções anti-russas, os preços da energia, a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e pelo fim do conflito na Ucrânia.
Em discurso durante o ato, o colíder do partido, Tino Chrupalla, acusou o governo alemão de travar uma guerra contra seu próprio povo ao concordar com as sanções contra a Rússia.
Ele também afirmou que "o preço do gás se tornará normal novamente quando comprarmos gás barato da Rússia".
Para ele, importar gás dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos, como a Alemanha planeja fazer, é "moralmente suspeito".
O caldeirão UE está esquentando......
— Julio Cesar (@JulioCe79326688) October 8, 2022
Manifestantes na Demo da AfD em Berlim gritam 'Habeck vá!' (referindo-se ao ministro da Economia, Robert Habeck), à medida que a raiva contra os preços crescentes da energia cresce na Alemanha. pic.twitter.com/2ohxz8iaFt
Os participantes culparam o governo por preços desenfreados, políticas sociais inadequadas e pediram que as sanções ao fornecimento de petróleo e gás russo fossem suspensas.
Alguns ativistas podiam ser vistos agitando bandeiras alemãs e russas e carregando cartazes que diziam: "Quero gás e petróleo russos" e "Aqueles que permanecerem em silêncio hoje congelarão amanhã". Outros seguravam cartazes em alemão e em russo.
Em setembro, o partido AfD anunciou sua campanha de protesto para expressar insatisfação com o forte aumento dos preços de alimentos e energia na Alemanha e exigir o fim da guerra econômica, o levantamento das sanções anti-russas e o comissionamento do gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2).
Os primeiros protestos foram realizados nas cidades alemãs de Leipzig e Magdeburg, entre outras, e reuniram milhares de pessoas.
So sieht es von oben aus: Tausende Menschen bei der #AfD-Demo in Berlin. Wir wollen den Politikwechsel: #UnserLandzuerst! pic.twitter.com/9bhOQTG0Pt
— AfD (@AfD) October 8, 2022
É assim que parece de cima: Milhares de pessoas na demonstração AfD em Berlim. Queremos a mudança de política.
Os países ocidentais aumentaram a pressão das sanções sobre a Rússia desde o início da operação especial na Ucrânia.
A interrupção nas cadeias de abastecimento levou a preços mais altos de combustíveis e alimentos em toda a União Europeia (UE), levando a inflação a níveis recordes e fazendo com que o custo de vida disparasse.