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Presidente da Câmara Africana de Energia: França está preocupada com a crescente influência russa

© AFP 2023 / Boureima HamaHomem segura cartaz que lê "Abaixo a França" durante manifestação contra a presença militar francesa no Níger, em Niamey, Níger, 18 de setembro de 2022
Homem segura cartaz que lê Abaixo a França durante manifestação contra a presença militar francesa no Níger, em Niamey, Níger, 18 de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 15.10.2022
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Para o diretor da organização, Paris vê que está perdendo a influência no continente africano, e que Moscou está reforçando sua posição ao mesmo tempo.
A França está preocupada com a crescente influência da Rússia na África, enquanto Paris considera o continente como sua esfera de influência, segundo N.J. Ayuk, presidente da Câmara Africana de Energia, que falou no sábado (15) à Sputnik.
A seu ver, há muitos países que estão interessados em cooperar com a África, o que suscita preocupações em Paris, que considera o continente "propriedade da França". Ele acrescentou que as principais preocupações são as situações em Burkina Faso, República Centro-Africana e Mali.
A crise energética europeia mostrou que a África precisa construir uma parceria com Moscou para criar cadeias de intercâmbio de recursos sustentáveis, devido à questão da segurança energética não poder ser ignorada, crê Ayuk. A Rússia tem um enorme potencial e experiência nesta área e é líder mundial na implementação de projetos de infraestrutura e no investimento em energia, explica.
Caso a África continuar dependendo de outros países, seu desenvolvimento econômico será afetado negativamente, por ser algo que requer novas oportunidades e tecnologias para avançar, adverte.
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Em 30 de setembro, após um golpe de Estado, o capitão Ibraim Traore Traore, líder militar de Burkina Faso, substituiu o tenente-coronel Paul-Henri Damiba no comando da junta militar no poder, o Movimento Patriótico de Salvaguarda e Restauração. Ele foi o segundo desde que Roch Kabore, presidente do país, foi derrubado em janeiro. Damiba disse que concordava em sair se várias condições fossem cumpridas. Ele agora está supostamente no Togo.
Paris enfrenta descontentamento de vários países africanos, depois que nos últimos anos as tropas francesas acabaram sendo incapazes de resolver a crise de segurança na região do Sahel. Vários grupos jihadistas, alguns deles alinhados com o Daesh e a Al-Qaeda (organizações terroristas, proibidas na Rússia e em vários outros países), continuam seus ataques na região.
Em particular, as autoridades do Mali acusaram a França de apoiar os terroristas e até mesmo de lhes fornecerem armas. A população local também expressa simpatia pela Rússia, acreditando que a assistência de Moscou pode resolver a crise de segurança.
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