Lula e Bolsonaro participam de 1º debate presidencial do 2º turno; siga em tempo real

Lula: "O meu adversário é o cara que tem a maior cara de pau para contar inverdades aqui. Quem aprovou a lei de liberdade religiosa foi eu, quem defende a Democracia sou eu. Ele é um pequeno ditadorzinho que quer ocupar a Suprema Corte. Vou dar prioridade ao povo brasileiro porque tem 33 milhões de pessoas passando fome. Quando eu falo do churrasco é porque vamos voltar a consertar esse país e voltar a comer picanha e tomar cerveja. Ele fica doido porque só ele acha que pode, mas nós vamos retomar isso"

Lula rebate dizendo "se Daniel Ortega está errando, que o povo puna. Se Maduro está errando, que o povo puna".

Em seguida, Bolsonaro diz que Lula vai tentar controlar a mídia. "Você quer ou não regular a mídia?", questiona o atual presidente.

Conforme o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse no debate da Rede Bandeirantes, ele realmente vetou a medida em um primeiro momento, mas enviou uma nova proposta ao Legislativo, com a assinatura do então ministro da Secretaria de Governo Luiz Eduardo Ramos, que foi aprovada pelo Congresso.

O candidato à reeleição não respondeu o questionamento sobre os sigilos e continuou falando sobre corrupção na Petrobras. Lula admitiu que houve corrupção na estatal porque há pessoas que confessaram os crimes, mas ressaltou que para combater os atos ilícitos "não precisava quebrar a Petrobras".

"Dinheiro que você enfiou no ralo e dividiu com seus amigos", afirmou.

"Sabe o que eu fiquei sabendo agora? Que todo discurso seu no Congresso Nacional era falando bem de mim enquanto você era deputado e eu era presidente. Me ligaram e me disseram que você era um puxa-saco meu que não tinha precedente na história", disse.

O petista disse que prenderam quem roubou a Petrobras porque houve investigação nos governos do PT, sem sigilos nas ações do governo

Bolsonaro disse que já está sendo feito um bom trabalho. "Nós já estamos fazendo. O nosso MEC tem um app que está há um ano em vigor, e que a garotada está fazendo a alfabetização. O seu Paulo Freire não deu certo. Tu nunca se preocupou em educar ninguém no Brasil".

Lula promete criar o "Orçamento Participativo". "Um presidente ele vai governar e lidar com o Congresso. (...) Vamos pegar o Orçamento e mandar para o povo dar opinião para saber o que quer que seja feito"

"Você me chama o tempo todo de genocida, de canibal, e agora de pedofilia. E o que temos? Uma decisão do ministro Alexandre de Moraes que retira as publicações sobre pedofilia (...). Sem mentir, você não tem nada", replicou Bolsonaro.

Lula respondeu que: "Quando eu ouço o Bolsonaro falar, fico imaginando que mundo ele está. O Brasil só refina 80% da gasolina que usa, e quando o PT estava eram 100%. Depois do PT, vendeu-se a BR e hoje temos empresas pagando para importar gasolina. Eu sou contra a privatização da Petrobras. Eu sinceramente acho que privatizar não é a solução para nada".

Em sua fala, Bolsonaro afirma que "a PEC que tramita na Câmara é da Luiza Erundina, e com deputados do PT que apoiam a emenda. Da minha parte, tem o compromisso que não terá nenhuma proposta. O PT tem sete ministros indicados, e eu tenho dois. Se eu for reeleito, terei mais dois. Então, o PT terá 5 e eu 4, e está feito o equilíbrio".

Na tréplica, Lula diz que entregou 88% das obras da transposição. "Ele fala que foi ele que fez, mas fez 3% das obras", critica Lula. "Você acha que o nordestino acredita que foi você quem fez?", questiona o petista.

"Fiz 88% das obras do São Francisco; ele (Bolsonaro) fez 3%", diz Lula sobre as obras de transposição do Rio São Francisco.

O petista cita que a passeata no Complexo do Alemão reuniu um "povo extraordinário e trabalhador" e que nem sempre os bandidos estão onde está a pobreza. "Tinha vizinho seu que tinha cem armas dentro de casa, e esse não era do Complexo do Alemão. Os grandes bandidos estão no lugar dos ricos."

O presidente Jair Bolsonaro diz que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem "tanta afinidade com bandido que recebe quatro de cada cinco votos de presidiários", e que nos atos de campanha do petista nas favelas do Rio de Janeiro "não tinha nenhum policial ao seu lado, só traficante".