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Celso Amorim defende entrada da Argentina no BRICS e diz que bloco pode ajudar conflito na Ucrânia

© Folhapress / Vanessa CarvalhoCelso Amorim em entrevista em Brasília, 5 de outubro de 2022
Celso Amorim em entrevista em Brasília, 5 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 19.10.2022
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Chanceler brasileiro de 203 a 2010, Amorim acredita que um terceiro mandatado de Lula também pode ajudar no diálogo diplomático com Venezuela e Nicarágua de forma "não intervencionista e não arrogante".
Nesta terça-feira (19), o ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil e principal assessor de política externa do ex-presidente Lula, Celso Amorim, disse que apoia a inclusão da Argentina no grupo BRICS em entrevista à Reuters.
"É bom ter equilíbrio dentro do BRICS, ter um papel maior para a América Latina. Acho que a eventual inclusão da Argentina seria positiva", disse Amorim.
O ex-chanceler também pontuou que o bloco pode se tornar um fórum para negociar o fim do conflito na Ucrânia, além de destacar a influência de Lula, o qual teria "disposição e histórico para contribuir nas negociações de paz".
"Ele [Lula] tem condições de participar de um esforço de negociação, que precisa ser liderado pela União Europeia e Estados Unidos, mas com a participação da China, obviamente. O Brasil também pode ser um país importante, cuja voz ressoa no mundo em desenvolvimento. O BRICS como um grupo pode ajudar", afirmou.
Ao mesmo tempo, Amorim disse que o petista faria do Brasil um protagonista nas negociações climáticas globais se eleito, pedindo uma cúpula das nações da floresta amazônica no primeiro semestre do próximo ano para discutir os esforços de conservação junto com as nações mais desenvolvidas.
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Além da questão climática, o ex-chanceler pontuou que um terceiro mandato de Lula abriria a porta para o Brasil se reengajar diplomaticamente com a vizinha Venezuela, acrescentando que Jair Bolsonaro e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, pouco conseguiram ao romper relações com o presidente venezuelano Nicolás Maduro.
"Isolamento, sanções, bloqueios, ameaças de força não ajudam em nada. Eles só dificultam as coisas", afirmou.
Questionado sobre relatos de violações de direitos humanos na Venezuela e na Nicarágua, Amorim disse: "Faremos o que pudermos em favor da democracia de uma forma respeitosa, não intervencionista e não arrogante".
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