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Em carta aos evangélicos, Lula prega liberdade religiosa e se diz contra o aborto
Em carta aos evangélicos, Lula prega liberdade religiosa e se diz contra o aborto
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Durante encontro com evangélicos na manhã desta quarta-feira (19), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou uma carta aos religiosos... 19.10.2022, Sputnik Brasil
2022-10-19T12:30-0300
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O documento, articulado por parlamentares evangélicos como a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), busca aproximar o ex-presidente do eleitorado evangélico, que está mais próximo do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo pesquisas de intenção de voto.Lula reforça que "nunca houve qualquer risco ao funcionamento das Igrejas" enquanto ele foi presidente e aponta que o número de igrejas cresceu na mesma época.A carta ainda aponta que Bolsonaro estaria usando a fé para fins eleitorais e afirma que seu eventual governo "jamais vai usar símbolos de sua Fé para fins político-partidários, respeitando as leis e as tradições que separam o Estado da Igreja, para que não haja interferência política na prática da Fé".Em outro trecho, Lula se compromete em "fortalecer as famílias para que os nossos jovens sejam mantidos longe das drogas" e destaca que "o respeito à família sempre foi um valor central" em sua vida. A carta ainda trata sobre aborto, tema polêmico entre evangélicos. Recentemente, Lula afirmou que o aborto é um tema de saúde pública, mas disse ser pessoalmente contrário. Ele reforça essa visão pessoal na carta."Sou pessoalmente contra o aborto e lembro a todos e todas que este não é um tema a ser decidido pelo Presidente da República, e sim pelo Congresso Nacional", diz no documento.Especialistas ouvidos recentemente pela Sputnik Brasil apontam que o eleitorado evangélico é capaz de definir a eleição. Para Rodrigo Toniol, professor de antropologia cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), este é "o voto a ser disputado" neste segundo turno.
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Em carta aos evangélicos, Lula prega liberdade religiosa e se diz contra o aborto
12:30 19.10.2022 (atualizado: 13:01 19.10.2022) Durante encontro com evangélicos na manhã desta quarta-feira (19), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou uma carta aos religiosos reafirmando o compromisso com a liberdade religiosa e se desvinculando de temas considerados polêmicos, como aborto e drogas.
O documento, articulado por parlamentares evangélicos como a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), busca
aproximar o ex-presidente do eleitorado evangélico, que está mais próximo do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo pesquisas de intenção de voto.
"Vivemos, entretanto, um período em que mentiras passaram a ser usadas intensamente com o objetivo de provocar medo nas pessoas de boa-fé e afastá-las do apoio a uma Candidatura que justamente mais as defende. Por isso senti a necessidade de reafirmar meu compromisso com a liberdade de culto e de religião em nosso País", diz trecho da carta.
Lula reforça que "nunca houve qualquer risco ao funcionamento das Igrejas" enquanto ele foi presidente e aponta que o número de igrejas cresceu na mesma época.
"Não há por que acreditar que agora seria diferente. Posso lhes assegurar, portanto, que meu Governo não adotará quaisquer atitudes que firam a liberdade de Culto e de Pregação ou criem obstáculos ao livre funcionamento dos Templos."
A carta ainda aponta que Bolsonaro estaria usando a fé para fins eleitorais e afirma que seu eventual governo "jamais vai usar símbolos de sua Fé para fins político-partidários, respeitando as leis e as tradições que separam o Estado da Igreja, para que não haja interferência política na prática da Fé".
17 de outubro 2022, 12:04
"Portanto, a tentativa de uso político da fé para dividir os brasileiros não ajuda ninguém, nem ao Estado, nem às igrejas, porque afasta as Pessoas da mensagem do Evangelho. Jesus Cristo nos ensinou Liberdade e paz, respeito e união, disso precisamos."
Em outro trecho, Lula se compromete em "fortalecer as famílias para que os nossos jovens sejam mantidos longe das drogas" e destaca que "o respeito à família sempre foi um valor central" em sua vida. A carta ainda trata sobre aborto, tema polêmico entre evangélicos. Recentemente, Lula afirmou que o aborto é um tema de saúde pública, mas disse ser pessoalmente contrário. Ele reforça essa visão pessoal na carta.
"Sou pessoalmente contra o aborto e lembro a todos e todas que este não é um tema a ser decidido pelo Presidente da República, e sim pelo Congresso Nacional", diz no documento.
Especialistas ouvidos recentemente pela Sputnik Brasil apontam que o
eleitorado evangélico é capaz de definir a eleição. Para Rodrigo Toniol, professor de antropologia cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
este é "o voto a ser disputado" neste segundo turno.