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'Guerra de petróleo' provocada por Biden pode deixar barril custando US$ 300, alerta analista
'Guerra de petróleo' provocada por Biden pode deixar barril custando US$ 300, alerta analista
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Os avisos da Arábia Saudita nesta semana contra o uso de energia como arma e contra uma corrida apressada para a transição dos combustíveis fósseis para a... 28.10.2022, Sputnik Brasil
2022-10-28T08:41-0300
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Na terça-feira (25), o ministro da Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, alertou o governo de Biden que sua decisão de reduzir ainda mais as reservas de petróleo de emergência dos EUA liberando mais 15 milhões de barris de petróleo bruto, poderia resultar em "dor" "nos próximos meses". Washington decidiu liberar as reservas depois que a OPEP+ concordar em reduzir a produção em dois milhões de barris diários. Ele apontou que o esvaziamento da reserva de petróleo agora pode resultar em escassez no caso de uma emergência energética real. De acordo com os mais recentes números do Departamento de Energia, as reservas totais de emergência de petróleo dos EUA estão atualmente em 401,7 milhões de barris em queda constante desde março. Com a economia dos EUA consumindo cerca de 20 milhões de barris por dia, a reserva atualmente tem petróleo bruto suficiente para durar apenas 20 dias se a produção e as importações forem de alguma forma interrompidas devido a uma emergência. O estoque da reserva de petróleo já caiu para seus níveis mais baixos desde meados da década de 1980. Al-Ibrahim caracterizou que a decisão da administração dos EUA de liberar mais petróleo como um passo semelhante a uma declaração de uma "guerra do petróleo" pela Casa Branca, e advertiu que isso pode levar a uma repetição da situação sem precedentes que ocorreu em abril de 2020, quando as divergências entre a Arábia Saudita e a Rússia sobre a produção levaram os preços do petróleo bruto a mergulharem brevemente em níveis negativos nunca antes registrados, levando a uma quebra do mercado de petróleo e a consequências devastadoras para alguns produtores de petróleo, inclusive os EUA. Comentando o aviso do ministro da Energia da Arábia Saudita de que o esvaziamento dos estoques da reserva dos EUA pode levar a consequências "dolorosas", al-Ibrahim explicou que essa "dor" pode impactar o mercado de petróleo de várias maneiras. "No fim das contas, os consumidores precisarão pagar US$ 300 [R$ 1.604] por barril ou ocorrerá o caos no mercado", alertou. "Por outro lado, os EUA estão vendendo seu GNL cinco vezes mais caro para a Alemanha e França e ninguém está falando sobre isso. Os EUA não estão discutindo isso, porque é um fluxo de receita para essa administração e eles não estão olhando como os membros da OPEP+ podem se beneficiar do fornecimento de petróleo", disse o observador.
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'Guerra de petróleo' provocada por Biden pode deixar barril custando US$ 300, alerta analista
Os avisos da Arábia Saudita nesta semana contra o uso de energia como arma e contra uma corrida apressada para a transição dos combustíveis fósseis para a energia verde são baseados no desejo de Riad de preservar a estabilidade nos mercados energéticos e na economia global como um todo, disse à Sputnik o analista político Ahmed al-Ibrahim.
Na terça-feira (25), o ministro da Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, alertou o governo de Biden que sua decisão de reduzir ainda mais as
reservas de petróleo de emergência dos EUA
liberando mais 15 milhões de barris de petróleo bruto, poderia resultar em "dor" "nos próximos meses".
Washington decidiu liberar as reservas depois que a OPEP+ concordar em reduzir a produção em dois milhões de barris diários.
"É claro" que a decisão de Washington de liberar mais de 15 milhões de barris da Reserva Estratégica de Petróleo no mercado "será dolorosa para o estoque de emergência", observou o especialista nas relações entre Arábia Saudita e EUA.
Ele apontou que o esvaziamento da reserva de petróleo agora pode
resultar em escassez no caso de uma emergência energética real.
De acordo com os mais recentes números do Departamento de Energia, as reservas totais de emergência de petróleo dos EUA estão atualmente em 401,7 milhões de barris em queda constante desde março. Com a economia dos EUA consumindo cerca de 20 milhões de barris por dia, a reserva atualmente tem petróleo bruto suficiente para durar apenas 20 dias se a produção e as importações forem de alguma forma interrompidas devido a uma emergência. O estoque da reserva de petróleo já caiu para seus níveis mais baixos desde meados da década de 1980.
27 de outubro 2022, 07:59
Al-Ibrahim caracterizou que a decisão da administração dos EUA de liberar mais petróleo como um passo semelhante a uma declaração de uma "guerra do petróleo" pela Casa Branca, e advertiu que isso pode levar a uma repetição da situação sem precedentes que ocorreu em abril de 2020, quando as divergências entre a Arábia Saudita e a Rússia sobre a produção levaram os preços do petróleo bruto a mergulharem brevemente em níveis negativos nunca antes registrados, levando a uma quebra do mercado de petróleo e a consequências devastadoras para alguns produtores de petróleo, inclusive os EUA.
"Acho que este passo não é calculado pela administração Biden. O único [objetivo] agora na administração Biden é como ganhar as eleições de meio de mandato. Então eles estão politizando o petróleo na política interna dos EUA. E isso é algo muito diferente do que a OPEP+ está fazendo, estabilizando os preços da energia em todo o mundo e não politizando o petróleo", ressaltou o especialista.
Comentando o aviso do ministro da Energia da Arábia Saudita de que o esvaziamento dos estoques da reserva dos EUA pode levar a consequências "dolorosas", al-Ibrahim explicou que essa "dor" pode impactar o mercado de petróleo de várias maneiras.
"No fim das contas, os consumidores precisarão pagar US$ 300 [R$ 1.604] por barril ou ocorrerá o caos no mercado", alertou.
"Por outro lado, os
EUA estão vendendo seu GNL cinco vezes mais caro para a Alemanha e França e ninguém está falando sobre isso. Os EUA não estão discutindo isso, porque é um fluxo de receita para essa administração e eles não estão olhando como os membros da OPEP+ podem se beneficiar do fornecimento de petróleo", disse o observador.
12 de outubro 2022, 09:40