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Scholz e Macron ameaçam retaliação comercial contra Biden diante de cenário de crise, diz mídia
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A França e a Alemanha querem negociar com os EUA sobre concorrência desleal no setor de energia, tema sensível para a Europa neste momento de crise, e de... 28.10.2022, Sputnik Brasil
2022-10-28T14:47-0300
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De acordo com o Politico, depois de se desentenderem publicamente, Olaf Scholz e Emmanuel Macron acabaram encontrando um campo no qual concordam, o que seria a concorrência desleal que os EUA têm apresentado diante da crise no setor de energia e a potencial necessidade de a Europa revidar.Os dois líderes concordaram que os recentes planos de subsídios estatais norte-americanos representam medidas que distorcem o mercado e visam convencer as empresas a transferir sua produção para os EUA. Um problema que a União Europeia (UE) não deveria encontrar no parceiro das Américas.Depois de discordarem, esta semana, sobre questões envolvendo energia e defesa, os representantes das maiores economias da UE finalmente concordaram que o avanço na legislação de Washington para reduzir a inflação — que oferece cortes de impostos e benefícios energéticos para empresas que investem em solo norte-americano — representa uma concorrência desleal para o bloco europeu.Segundo o portal de notícias, a mensagem enviada por Paris é que "se os EUA não recuarem, a UE vai ter de revidar". No atual cenário de crise, a iniciativa de Washington tira a competitividade de produtos europeus de alto valor agregado como carros, e como resposta, o bloco teria de criar esquemas de incentivo semelhantes para as empresas evitarem a concorrência desleal ou a perda de investimentos.Berlim está apoiando o impulso francês. Scholz concorda que a UE vai precisar lançar contramedidas semelhantes ao esquema dos EUA se Washington se recusar a abordar as principais preocupações expressas por Berlim e Paris.Já no início deste mês, Scholz havia dito publicamente que a Europa teria de discutir a Lei de Redução da Inflação com os EUA "em grande profundidade".Em um golpe para o núcleo industrial da Alemanha, a gigante química BASF anunciou ainda na quarta-feira planos para reduzir suas atividades comerciais e disponibilidade de empregos na Alemanha citando o aumento dos preços do gás — seis vezes maior que nos EUA, atualmente — e do aumento da regulamentação.Antes de atacar Washington com tudo, Scholz e Macron querem tentar chegar a uma solução negociada. Isso deve ser feito por meio de uma nova "Força-Tarefa UE-EUA sobre a Lei de Redução da Inflação", criada durante uma reunião entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o vice-conselheiro de segurança nacional dos EUA, Mike Pyle, na terça-feira (25).
https://noticiabrasil.net.br/20221021/em-bruxelas-macron-diz-que-venda-de-infraestrutura-estrategica-europeia-para-china-foi-um-erro-25497411.html
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Scholz e Macron ameaçam retaliação comercial contra Biden diante de cenário de crise, diz mídia
14:47 28.10.2022 (atualizado: 14:48 28.10.2022) A França e a Alemanha querem negociar com os EUA sobre concorrência desleal no setor de energia, tema sensível para a Europa neste momento de crise, e de acordo com o Politico, estão prontas para revidar, se necessário.
De
acordo com o Politico, depois de se
desentenderem publicamente, Olaf Scholz e Emmanuel Macron
acabaram encontrando um campo no qual concordam, o que seria a concorrência desleal que os EUA têm apresentado diante da
crise no setor de energia e a potencial necessidade de a Europa revidar.
Os dois líderes concordaram que os recentes planos de subsídios estatais norte-americanos representam medidas que
distorcem o mercado e visam convencer as empresas a transferir sua produção para os EUA. Um problema que a
União Europeia (UE) não deveria encontrar no parceiro das Américas.
Depois de discordarem, esta semana, sobre questões envolvendo energia e defesa, os representantes das maiores economias da UE finalmente concordaram que o avanço na legislação de Washington para reduzir a inflação — que
oferece cortes de impostos e benefícios energéticos para empresas que investem em solo norte-americano — representa uma
concorrência desleal para o bloco europeu.
Segundo o portal de notícias, a mensagem enviada por Paris é que "
se os EUA não recuarem, a UE vai ter de revidar". No atual cenário de crise, a iniciativa de Washington tira a competitividade de produtos europeus de alto valor agregado como carros, e como resposta, o bloco teria de criar esquemas de
incentivo semelhantes para as empresas evitarem a concorrência desleal ou a perda de investimentos.
"Precisamos de um Buy European Act [Ato Compre de Europeus] como os americanos, precisamos reservar [nossos subsídios] para nossos fabricantes europeus", disse o presidente francês na noite de quarta-feira (26) em entrevista ao canal de TV France 2.
21 de outubro 2022, 12:19
Berlim está apoiando o impulso francês.
Scholz concorda que a UE vai precisar lançar contramedidas semelhantes ao esquema dos EUA se Washington se recusar a abordar as principais preocupações expressas por Berlim e Paris.
Já no início deste mês, Scholz havia dito publicamente que a Europa teria de discutir a Lei de Redução da Inflação com os EUA "em grande profundidade".
Em um golpe para o núcleo industrial da Alemanha, a gigante química BASF anunciou ainda na quarta-feira planos para
reduzir suas atividades comerciais e disponibilidade de empregos na Alemanha citando o aumento dos preços do gás —
seis vezes maior que nos EUA, atualmente — e do aumento da regulamentação.
"As decisões de uma empresa de sucesso como a BASF mostram que precisamos melhorar a atratividade geral da Alemanha como local de negócios", disse o ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, em um tweet, prometendo tomar várias medidas, como "redução de impostos para investimentos privados", por exemplo.
Antes de atacar Washington com tudo, Scholz e Macron querem
tentar chegar a uma solução negociada. Isso deve ser feito por meio de uma nova "Força-Tarefa UE-EUA sobre a Lei de Redução da Inflação", criada durante uma reunião entre a
presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o vice-conselheiro de segurança nacional dos EUA, Mike Pyle, na terça-feira (25).