UE revela condição para desbloquear ativos russos
© AP Photo / Yves HermanComissário de Justiça da União Europeia, Didier Reynders, em 15 de setembro de 2021
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Os ativos do Banco Central da Rússia congelados pela UE podem ser retidos como "garantia" até que Moscou aceite participar da recuperação econômica da Ucrânia, afirmou o comissário da Justiça da UE, Didier Reynders.
Durante entrevista ao jornal Westdeutsche Allgemeine Zeitung, Reynders detalhou que, no marco das sanções ocidentais, foram congelados € 300 bilhões (R$ 1,6 trilhões) das reservas do Banco Central da Rússia. A Ucrânia deseja ter acesso a esse dinheiro, mas a UE parece ter outros planos.
"Como parte das sanções ocidentais, estão congelados € 300 bilhões das reservas cambiais do Banco Central russo. A Ucrânia também quer usar esse dinheiro para a reconstrução. Em meu entender, é pelo menos possível manter esses € 300 bilhões como garantia até que a Rússia participe voluntariamente da reconstrução da Ucrânia", assegurou.
Além disso, Reynders detalhou que a UE congelou ainda mais de € 17 bilhões (R$ 89,6 bilhões) de ativos pertencentes a 90 "oligarcas e entidades russas".
"É possível transferir esse montante a um fundo de compensação para a Ucrânia. No entanto, a soma está longe de ser suficiente para financiar a reconstrução", destacou.
Moscou condena categoricamente o congelamento de seus bens. Em maio, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, chamou a ideia de transferir os fundos russos para a Ucrânia de "roubo".