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Brasil e o BRICS têm uma palavra a dizer no desenvolvimento da África, crê ex-ministro da Argélia
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Um ex-ministro da Indústria da Argélia expressou seu agrado pela vitória de Lula da Silva, que não vê como descurando os interesses do ambiente natural. 03.11.2022, Sputnik Brasil
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Os países africanos devem aderir ao BRICS o mais rápido possível para formar um grupo de interesse econômico comum, instou Ferhat Ait Ali, ex-ministro da Indústria da Argélia, em entrevista à Sputnik.Lula da Silva venceu no domingo (30) as eleições presidenciais no Brasil e expressou sua vontade de contribuir e aprender em sua relação com a África. Ali parabenizou o líder do Partido dos Trabalhadores, mencionando as viagens ao continente africano nos seus dois primeiros mandatos (2003-2010), apontando que esperava sua vitória."Ele queria um grande Brasil. Ele ainda o faz. O povo brasileiro acredita em sua vontade e em sua visão [...] Ele queria criar uma dinâmica econômica brasileira, mas que não estivesse desligada de seu ambiente natural", disse o interlocutor da Sputnik.Para o ex-responsável argelino, é com "este tipo de potência emergente e também com o resto do BRICS [que também inclui a África do Sul, China, Índia e Rússia] que devemos criar um grupo de interesse econômico comum".Segundo o interlocutor, "estamos diante de uma lógica que acredita na acumulação de capital a todo custo, por todos os meios possíveis e imagináveis", por isso o BRICS devia acolher o mais rápido possível Estados-membros africanos semelhantes em termos de emergência e solvência econômicas."A lógica capitalista que permite que 10% da humanidade consuma 80% da riqueza do planeta não tem mais fundamento", justificou ele.Brasil tem uma palavra a dizerSegundo Ferhat Ait Ali, o Brasil planeja estender suas atividades a um continente que compartilha várias características em comum com a América do Sul, por exemplo, "em termos de chuvas e em termos da natureza das terras agrícolas"."Seria melhor" no caso do BRICS, disse ele, mencionando também países como a China e a Rússia com experiência na área, que poderiam explorar os "recursos mineiros africanos em benefício de todas as partes, ou seja, os próprios africanos, que são os proprietários desses recursos".
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Brasil e o BRICS têm uma palavra a dizer no desenvolvimento da África, crê ex-ministro da Argélia
Um ex-ministro da Indústria da Argélia expressou seu agrado pela vitória de Lula da Silva, que não vê como descurando os interesses do ambiente natural.
Os países africanos devem aderir ao BRICS o mais rápido possível para formar um grupo de interesse econômico comum, instou Ferhat Ait Ali, ex-ministro da Indústria
da Argélia, em entrevista à Sputnik.
Lula da Silva
venceu no domingo (30) as eleições presidenciais no Brasil e expressou sua vontade de contribuir e aprender em sua relação com a África. Ali parabenizou o líder do Partido dos Trabalhadores, mencionando as viagens ao continente africano nos seus dois primeiros mandatos (2003-2010), apontando que esperava sua vitória.
"Ele queria um grande Brasil. Ele ainda o faz. O povo brasileiro acredita em sua vontade e em sua visão [...] Ele queria criar uma dinâmica econômica brasileira, mas que não estivesse desligada de seu ambiente natural", disse o interlocutor da Sputnik.
"Viajando a praticamente todos os países da África, Lula da Silva não o fez apenas como um bom samaritano, mas simplesmente porque acredita que os países emergentes, como o Brasil, têm muito a dar para a África, pois em um certo ponto eles foram equivalentes em termos de desenvolvimento. Mas também, ele [o Brasil] tem muito a aprender da África", comentou Ali.
Para o ex-responsável argelino, é com "este tipo de potência emergente e
também com o resto do BRICS [que também inclui a África do Sul, China, Índia e Rússia] que devemos criar um grupo de interesse econômico comum".
31 de outubro 2022, 02:23
Segundo o interlocutor, "estamos diante de uma lógica que acredita na acumulação de capital a todo custo, por todos os meios possíveis e imagináveis", por isso o BRICS devia acolher o mais rápido possível Estados-membros africanos semelhantes em termos de emergência e solvência econômicas.
"A lógica capitalista que permite que 10% da humanidade consuma 80% da riqueza do planeta não tem mais fundamento", justificou ele.
Brasil tem uma palavra a dizer
Segundo Ferhat Ait Ali, o Brasil planeja estender suas atividades a um continente que compartilha várias características em comum com a América do Sul, por exemplo, "em termos de chuvas e em termos da natureza das terras agrícolas".
"Portanto, podemos dizer que, de Burkina Faso ao Congo, o Brasil tem um papel a desempenhar. Também no setor de mineração os brasileiros estão bem equipados e têm dois séculos de experiência na área, e podem transferir seu know-how aos africanos que, hoje, dão as concessões de mineração
a grupos capitalistas que não dão um décimo ou mesmo um quinto a esses países, onde esses recursos têm origem", argumentou Ferhat Ait Ali.
"Seria melhor" no caso do BRICS, disse ele, mencionando também países como a China e a Rússia com experiência na área, que poderiam explorar os "recursos mineiros africanos em benefício de todas as partes, ou seja, os próprios africanos, que são os proprietários desses recursos".