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Com abstenção do Brasil, 185 países aprovam na ONU fim do bloqueio econômico dos EUA a Cuba

© Sputnik / Mikhail VoskresenskiyCortejo fúnebre com cinzas de Fidel Castro em Santiago de Cuba (foto de arquivo)
Cortejo fúnebre com cinzas de Fidel Castro em Santiago de Cuba (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 03.11.2022
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A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) votou esmagadoramente para condenar o embargo econômico promovido pelos EUA a Cuba.
Na votação na ONU, 185 membros entre 193 apoiaram a resolução cubana, que condena e pede o fim do embargo à economia do país. Estados Unidos e Israel foram os únicos que se opuseram, e o Brasil e a Ucrânia se abstiveram.
"Ilegal", "inaceitável", "criminoso", "desumano", "agressão econômica": esses foram alguns dos termos usados pelos palestrantes no púlpito da ONU. Na resolução, Cuba defende a "não ingerência em seus assuntos internos" e as liberdades "de comércio e de navegação" diante do embargo, imposto em fevereiro de 1962, durante a Guerra Fria.
Chanceler cubano, Bruno Rodríguez disse hoje (3) que o governo de Joe Biden, presidente dos EUA, continua a política de "pressão máxima" de Donald Trump.
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O conselheiro político dos EUA na ONU, John Kelley, defendeu a postura norte-americana. Ele alegou que os Estados Unidos "continuam comprometidos com a busca da liberdade e dignidade do povo cubano".
Em seguida, fez críticas ao regime político cubano, argumentando que o país perseguiu manifestantes e "usou penas de prisão severas, mesmo contra menores, intimidação, táticas, prisões, interrupções na Internet, multidões patrocinadas pelo governo e condições horrendas nas prisões para tentar impedir que os cubanos exercessem seus direitos humanos".
O vice-representante permanente de Cuba na ONU, Yuri Gala, respondeu que "se o governo dos Estados Unidos realmente se importasse com o bem-estar, direitos humanos e autodeterminação do povo cubano, poderia suspender o embargo".
© AP Photo / Ramon EspinosaBandeiras de Cuba e EUA fora da Embaixada dos EUA em Havana. Cuba, 17 de maio de 2022
Bandeiras de Cuba e EUA fora da Embaixada dos EUA em Havana. Cuba, 17 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 03.11.2022
Bandeiras de Cuba e EUA fora da Embaixada dos EUA em Havana. Cuba, 17 de maio de 2022
Rodríguez acusou os EUA de usarem suas poderosas plataformas de mídia e tecnologia digital "em uma virulenta campanha de desinformação e depreciação contra Cuba". Ele disse que os EUA estão recorrendo "aos mais diversos métodos de guerra não convencional, usando nossas crianças, jovens e artistas como alvos desse bombardeio político e midiático".
Essa é a 30ª resolução apresentada por Cuba contra o embargo dos Estados Unidos. Na primeira resolução, de 1992, apenas 59 países votaram a favor. Agora ela tem o apoio de quase todos os membros da ONU, com exceção de Israel (se desconsiderando os próprios Estados Unidos).
Segundo as autoridades cubanas, o embargo causa prejuízos econômicos de US$ 154 bilhões (R$ 792 bilhões) anuais à ilha. De acordo com o governo cubano, isso teria se traduzido em um crescimento de 4,5% da economia.
O chanceler de Cuba, Bruno Rodriguez Parrilla, discursa durante a 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU. Nova Iorque, 21 de setembro de 2022. - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2022
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