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Agitação social no Irã foi causada pelos EUA para minar acordo nuclear, diz general iraniano

© Sputnik / Yevgeny BiyatovBandeira nacional iraniana (imagem de referência)
Bandeira nacional iraniana (imagem de referência) - Sputnik Brasil, 1920, 07.11.2022
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Nesta segunda-feira (7), o comandante do Exército iraniano, major-general Seyyed Abdolrahim Mousavi, afirmou que a recente agitação social no Irã é parte de um plano dos Estados Unidos para interromper as negociações sobre a restauração do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), também conhecido como acordo nuclear iraniano.
A declaração de Mousavi foi dada durante entrevista à emissora estatal iraniana IRIB. Além das acusações contra os EUA, o major-general afirmou que os serviços especiais iranianos interceptaram uma carga com dinheiro e equipamentos de inteligência da Arábia Saudita que seriam destinados a manifestantes no Irã.
Na sexta-feira (4), o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, deu uma declaração no mesmo sentido, afirmando que "os norte-americanos e outros inimigos" falharam na tentativa de "desestabilizar o Irã".
Em setembro, grandes manifestações irromperam no Irã após a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que morreu sob custódia policial após ser detida por uso "impróprio" de um hijab. As autoridades iranianas acusam países ocidentais de alimentarem essas manifestações.
© AP Photo / Vahid SalemiEm Teerã, capital iraniana, clérigo caminha em frente a mísseis durante exibição militar, em 7 de fevereiro de 2022
Em Teerã, capital iraniana, clérigo caminha em frente a mísseis durante exibição militar, em 7 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.11.2022
Em Teerã, capital iraniana, clérigo caminha em frente a mísseis durante exibição militar, em 7 de fevereiro de 2022

Acordo nuclear continua sem avanço

O JCPOA original foi assinado em 2015 por China, França, Alemanha, Irã, Rússia, Reino Unido e EUA, assim como pela União Europeia. Apesar disso, Washington deixou o acordo em 2018 e reimpôs uma série de sanções a Teerã. Em resposta, o Irã abandonou gradativamente seus compromissos com o documento.
Após a chegada de Joe Biden à Casa Branca, em 2020, o acordo voltou a ser discutido entre Irã e EUA, mas as negociações seguem travadas.
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