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Europa está 'sugando gás' de países em desenvolvimento acentuando a crise de energia no mundo
Europa está 'sugando gás' de países em desenvolvimento acentuando a crise de energia no mundo
Sputnik Brasil
Bruxelas está tentando desesperadamente conter as consequências da escassez de 150 milhões de metros cúbicos de gás russo por dia, enquanto a Europa continua... 08.11.2022, Sputnik Brasil
2022-11-08T14:48-0300
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A Europa, atingida pela crise de energia, "está sugando gás" de outros países, especialmente os em desenvolvimento e "a qualquer custo", disse o analista de energia do Credit Suisse Group AG, Saul Kavonic, a uma agência de notícias dos EUA. De acordo com o analista, as preocupações com a segurança energética na Europa "estão levando mundo emergente à pobreza energética". As declarações ocorrem no momento em que a Europa está tentando lidar com a diminuição do suprimento de combustível da Rússia, causada pelas rígidas sanções dos países ocidentais contra Moscou que foram impostas logo após o início da operação militar especial russa na Ucrânia no final de fevereiro. Para complicar a situação, a relutância da UE em pagar pelo gás russo em rublos — uma decisão baseada no comportamento hostil do Ocidente — acabou privando alguns países do combustível de maneira prematura. A mídia norte-americana observou a esse respeito que os países europeus, atingidos pela escassez de gás, passaram a recorrer "ao mercado spot, onde a energia que não está comprometida com os compradores é disponibilizada para entrega em curto prazo".De acordo com a agência, os preços crescentes da energia levaram alguns fornecedores do sul da Ásia a simplesmente cancelar "entregas programadas há muito tempo em favor de melhores rendimentos em outros lugares". Segundo o analista, há países da UE, incluindo Alemanha, Itália, Finlândia e Países Baixos, que estão com pressa para concluir a construção de terminais flutuantes de importação para trazer mais combustível no futuro. A agência de notícias norte-americana revelou em uma pesquisa que a demanda europeia por gás natural deve aumentar em quase 60% até 2026. O chefe da gigante de energia russa Gazprom, Alexey Miller, alertou ainda no mês passado que a introdução de um teto de preços para o gás russo na Europa seria uma violação dos termos contratuais e implicaria a rescisão de fornecimentos.No dia 7 de outubro, o bloco europeu impôs seu oitavo pacote de sanções contra Moscou, que em particular estabelece uma estrutura para limitar o preço das exportações de petróleo russo a um nível coordenado pelo G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). A medida deve entrar em vigor no dia 5 de dezembro para petróleo bruto e em 5 de fevereiro para derivados de petróleo. No final de setembro, os ministros de energia de 15 países da UE enviaram um apelo conjunto à Comissão Europeia para pedir a introdução de um teto de preços para todas as importações de gás para a UE, independentemente de sua origem, para conter o aumento de preços da energia. Em paralelo a isso, a sabotagem dos gasodutos russos Nord Stream 1 e 2 (Corrente do Norte 1 e 2) que ocorreu no dia 26 de setembro — construídos para transportar um total anual de 110 bilhões de metros cúbicos de gás russo para a Europa — interrompeu as entregas de gás para a Alemanha, provocando um aumento no preço do gás e uma busca por fontes alternativas na União Europeia. Desde 2021, os preços da energia nos países da UE têm subido como parte de uma tendência global. Após o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia em 24 de fevereiro e a adoção de sanções antirrussas pelo Ocidente, os preços da energia aceleraram a tendência de alta, colocando a segurança energética no topo das agendas global e nacional e pressionando muitos governos europeus a recorrer a medidas de contingência.
https://noticiabrasil.net.br/20221017/cerca-de-350-empresas-francesas-passam-por-fase-dificil-devido-a-crise-de-energia-diz-ministro-25410667.html
https://noticiabrasil.net.br/20221013/ministros-da-energia-da-ue-propoem-medidas-para-conter-o-crescimento-dos-precos-25344399.html
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europa, união europeia, bruxelas, crise de energia, gás natural liquefeito, petróleo e gás, segurança energética, rússia, g7, preços, nord stream, operação militar especial, conflito ucraniano
Europa está 'sugando gás' de países em desenvolvimento acentuando a crise de energia no mundo
14:48 08.11.2022 (atualizado: 14:51 08.11.2022) Bruxelas está tentando desesperadamente conter as consequências da escassez de 150 milhões de metros cúbicos de gás russo por dia, enquanto a Europa continua presa a um impasse energético, com os preços do combustível azul sem mostrar sinais de queda.
A Europa, atingida pela crise de energia,
"está sugando gás" de outros países, especialmente os em desenvolvimento e "
a qualquer custo",
disse o analista de energia do Credit Suisse Group AG, Saul Kavonic, a uma agência de notícias dos EUA.
De acordo com o analista, as preocupações com a
segurança energética na Europa "estão
levando mundo emergente à pobreza energética".
As declarações ocorrem no momento em que a Europa está tentando lidar com a diminuição do suprimento de combustível da Rússia, causada pelas
rígidas sanções dos países ocidentais contra Moscou que foram impostas logo após o início da operação militar especial russa na Ucrânia no final de fevereiro. Para complicar a situação, a
relutância da UE em pagar pelo gás russo em rublos — uma decisão baseada no comportamento hostil do Ocidente — acabou privando alguns países do combustível de maneira prematura.
A mídia norte-americana observou a esse respeito que os
países europeus, atingidos pela escassez de gás, passaram a recorrer "ao mercado spot, onde a energia que não está comprometida com os compradores é
disponibilizada para entrega em curto prazo".
17 de outubro 2022, 14:43
De acordo com a agência, os
preços crescentes da energia levaram alguns fornecedores do sul da Ásia a simplesmente cancelar "
entregas programadas há muito tempo
em favor de melhores rendimentos em outros lugares".
O analista da Wood Mackenzie, Raghav Mathur, afirmou que "os fornecedores não precisam se concentrar em garantir seu gás natural liquefeito [GNL] para mercados de baixa acessibilidade".
Segundo o analista, há países da UE, incluindo Alemanha, Itália, Finlândia e Países Baixos, que estão com pressa para concluir a construção de terminais flutuantes de importação para trazer mais combustível no futuro. A agência de notícias norte-americana revelou em uma pesquisa que a demanda europeia por gás natural deve aumentar em quase 60% até 2026.
O chefe da
gigante de energia russa Gazprom, Alexey Miller, alertou ainda no mês passado que a introdução de um teto de preços para o gás russo na Europa seria uma
violação dos termos contratuais e implicaria a rescisão de fornecimentos.
No dia 7 de outubro, o bloco europeu impôs seu
oitavo pacote de sanções contra Moscou, que em particular estabelece uma estrutura para
limitar o preço das exportações de petróleo russo a um nível coordenado pelo G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). A medida deve entrar em vigor no dia 5 de dezembro para petróleo bruto e em 5 de fevereiro para derivados de petróleo.
13 de outubro 2022, 18:28
No final de setembro, os ministros de energia de 15 países da UE
enviaram um apelo conjunto à Comissão Europeia para pedir a introdução de um teto de preços para todas as importações de gás para a UE, independentemente de sua origem, para conter o
aumento de preços da energia.
Em paralelo a isso, a
sabotagem dos gasodutos russos Nord Stream 1 e 2 (Corrente do Norte 1 e 2) que ocorreu no dia 26 de setembro — construídos para transportar um total anual de 110 bilhões de metros cúbicos de gás russo para a Europa —
interrompeu as entregas de gás para a Alemanha, provocando um aumento no preço do gás e uma busca por fontes alternativas na União Europeia.
Desde 2021, os preços da energia nos países da UE têm subido como parte de uma tendência global. Após o início da
operação militar especial da Rússia na Ucrânia em 24 de fevereiro e a adoção de sanções antirrussas pelo Ocidente, os
preços da energia aceleraram a tendência de alta, colocando a segurança energética no topo das agendas global e nacional e pressionando muitos governos europeus a recorrer a medidas de contingência.