'Não devemos permitir que o mundo caia em outra Guerra Fria', diz presidente indonésio no G20
01:45 15.11.2022 (atualizado: 16:33 15.11.2022)
© AP Photo / Sonny TumbelakaO presidente da Indonésia, Joko Widodo, fala com a imprensa após sua chegada no aeroporto internacional Ngurah Rai em meio ao G20, em 13 de novembro de 2022
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Nesta terça-feira (15), o presidente da Indonésia, Joko Widodo, em seu discurso de abertura da cúpula do G20 em Bali, demonstrou preocupação com a tensão geopolítica e afirmou que todos os países têm a responsabilidade de alcançar a paz.
Widodo apelou às lideranças globais presentes para que o mundo trabalhe para impedir o mesmo cenário de divisão visto na segunda metade do século XX. "Não devemos dividir o mundo em partes. Não devemos permitir que o mundo caia em outra Guerra Fria", disse.
O presidente indonésio também levantou temores em relação às consequências do cenário do conflito na Ucrânia. "Se a guerra não for interrompida, será difícil para nós sermos responsáveis pelo futuro desta geração e das gerações vindouras", afirmou.
"Todos nós temos uma responsabilidade, não só para com os nossos povos, mas para com os povos do mundo. Ser responsável nesta situação significa que temos de pôr fim à guerra. Se a guerra não acabar, será difícil para o mundo seguir em frente", salientou o mandatário.
© AFP 2023 / SAUL LOEBO presidente da China, Xi Jinping (à esquerda), e o presidente dos EUA, Joe Biden, se reúnem à margem da cúpula do G20 em Nusa Dua, na ilha indonésia de Bali, em 14 de novembro de 2022
O presidente da China, Xi Jinping (à esquerda), e o presidente dos EUA, Joe Biden, se reúnem à margem da cúpula do G20 em Nusa Dua, na ilha indonésia de Bali, em 14 de novembro de 2022
© AFP 2023 / SAUL LOEB
Em fevereiro, a Rússia deu início a uma operação militar especial na Ucrânia, que segue em curso até agora. A operação foi deflagrada após apelo por apoio militar feito pelas repúblicas populares de Lugansk (RPL) e Donetsk (RPD) devido à escalada de ataques realizados pelas tropas ucranianas nas regiões.
Desde então, os Estados Unidos e seus aliados impuseram um volume sem precedentes de sanções econômicas a Moscou. As restrições abrangem diversos setores, inclusive o energético. Como consequência dessas medidas e do conflito ucraniano, uma crise econômica e política tem gerado ondas de inflação e aumento de preços em diversas partes do mundo.