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Apoiadores de Bolsonaro culpam generais por impedirem intervenção militar; Exército fala em covardia

© Folhapress / Bruno SantosBolsonaristas realizam ato em frente ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, 17 de novembro de 2022
Bolsonaristas realizam ato em frente ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, 17 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 17.11.2022
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Em aplicativo de mensagens, bolsonaristas chamam cinco generais do Alto Comando do Exército de "generais-melancia" uma vez que os mesmos teriam se vendido e apoiado Lula. Exército fez reunião na quarta-feira (16) para desmentir informação.
Em mensagens compartilhadas no WhatsApp (plataforma pertencente à empresa extremista Meta, banida no território da Rússia), apoiadores do presidente, Jair Bolsonaro, passaram a acusar cinco generais do Alto Comando do Exército de não apoiarem os pedidos de intervenção militar para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No texto, os bolsonaristas dizem que os oficiais são "generais-melancia" porque seriam "verdes por fora e vermelho por dentro", em uma falsa referência de que os militares apoiariam Lula, de acordo com a Folha de São Paulo.
"Dos 19 [são 16 generais quatro estrelas, na verdade], estes cinco não aceitam a proposta do povo. Querem que Lula assuma, já se acertaram com ele", diz a mensagem compartilhada acompanhando a foto dos militares.
A mensagem teria irritado os generais do Alto Comando do Exército, que teriam passado a manhã de ontem (16) a conversar entre si e com o comandante do Exército, general Freire Gomes, para tentar desmentir a informação, relata a mídia.
Para reduzir o impacto, Freire Gomes mandou o chefe do Centro de Comunicação do Exército, general José Ricardo Vendramin, escrever um comunicado para todos os militares da força.
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O documento, intitulado "Esclarecimento ao Público Interno", diz que as mensagens têm "se caracterizado pela maliciosa e criminosa tentativa de atingir a honra pessoal de militares com mais de quarenta anos de serviços prestados ao Brasil, bem como de macular a coesão inabalável do Exército de Caxias".
O texto ainda diz que a tentativa "anônima e covarde" de espalhar desinformação sobre a força atesta a "falta de ética e de profissionalismo" das pessoas ou grupos que espalham as mensagens.
"O Exército Brasileiro permanece coeso e unido, sempre em suas missões constitucionais, tendo na hierarquia e na disciplina de seus integrantes o amálgama que o torna respeitado pelo povo brasileiro, seu fiador", conclui a nota.
Entretanto, mesmo com os distúrbios que as manifestações têm causado nas regiões militares, o Exército decidiu e comunicou aos generais na última semana que não vai interferir nos atos, conforme noticiado.
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