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Especialista: após incidente na Polônia, Ocidente poderá deixar de financiar a Ucrânia

© AFP 2023Militares ucranianos durante operação militar especial da Rússia, 13 de novembro de 2022
Militares ucranianos durante operação militar especial da Rússia, 13 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 17.11.2022
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Um dos especialistas que falou com a Sputnik crê que o fato de Kiev ter culpado a Rússia pela recente queda de mísseis na Polônia, apesar das outras declarações, poderá ter consequências para a Ucrânia.
A euforia do apoio à Ucrânia está esfriando nos países ocidentais, disse Vladimir Batyuk, chefe do Centro de Estudos Militares e Políticos do Instituto de Ciências dos EUA e Canadá da Academia de Ciências da Rússia, à Sputnik.
Na quarta-feira (16) Vladimir Zelensky, presidente da Ucrânia, afirmou não ter dúvidas de que Kiev não estava envolvida no incidente na Polônia, onde caíram dois mísseis e duas pessoas foram mortas. Joe Biden, presidente dos EUA, respondeu que isso não era uma prova, e o presidente polonês Andrzej Duda apontou não ter provas de que o míssil caído foi disparado pelos militares russos, e que era "altamente provável" que pertencia ao sistema de defesa antiaérea da Ucrânia.
Na opinião do especialista, os EUA e os países ocidentais podem abandonar a ajuda militar e financeira após o recente incidente, e passar para somente apoio político à Ucrânia.
"É bem possível, pois a euforia inicial sobre o apoio à Ucrânia está esfriando claramente no Ocidente. Aparentemente, mais ajuda à Ucrânia será acompanhada por pressões sobre Kiev para finalmente entrar em negociações com Moscou para pôr fim a este conflito, que, como veem no Ocidente, não pode durar indefinidamente", comentou Batyuk, sublinhando que isso nem está ligado ao que aconteceu na Polônia.
"Em primeiro lugar, os EUA e especialmente seus aliados europeus não têm possibilidades ilimitadas de fornecer essas armas. Em segundo lugar, mesmo que haja alguns sistemas modernos de armas que poderiam ser fornecidos a Kiev, há a questão do reparo, manutenção e gestão desses sistemas de combate", referiu, mencionando a necessidade de treinar pilotos de aeronaves de combate e sistemas de defesa antiaérea por vários anos.
Soldados russos conversam durante ação das Forças Armadas da Rússia em Aleksandrovka, na região de Kherson, região ucraniana sob controle russo em meio à operação militar especial de Moscou na Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 14.11.2022
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De acordo com o especialista, todos os dados disponíveis indicam que foram os mísseis disparados pelo sistema de defesa antiaérea ucraniano para interceptar mísseis russos que caíram em território polonês.
O Ministério da Defesa russo disse que naquele dia não foram lançados mísseis contra alvos próximos à fronteira ucraniano-polonesa, enquanto o Ministério das Relações Exteriores expressou confiança de que uma investigação imparcial e a divulgação de seus resultados revelaria a "provocação".
Já Zhou Rong, pesquisador sênior do Instituto Chongyang de Estudos Financeiros da Universidade Popular da China, vê a OTAN, incluindo Washington, não querendo que o incidente tenha ampla publicidade e intensifique o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
"Na verdade, todas as atuais declarações ocidentais já refletem o reconhecimento da OTAN de que o míssil foi disparado do território ucraniano. Culpar a Rússia pelo incidente é claramente tendencioso. Todas essas declarações atendem apenas às necessidades da postura antirrussa da OTAN."
Zhou Rong notou que a Ucrânia pode aproveitar esta oportunidade para pedir aos EUA que forneçam melhores sistemas de defesa antimísseis.
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