NASA afirma que humanos vão poder viver na superfície da Lua ainda 'nesta década'
© Foto / Pixabay / DURCHSATZLua (imagem referencial)
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Pioneiro em uma série de voos não tripulados da NASA para a exploração extensiva da Lua, a Artemis I entrou em ação na quarta-feira (16), quando a cápsula Orion partiu do Centro Espacial Kennedy em sua missão de teste junto com o mega foguete portador SLS.
A Lua pode hospedar humanos por longas estadias em sua superfície já nesta década, afirmou um funcionário da NASA.
"Vamos enviar pessoas para a superfície [da Lua] e elas vão viver nessa superfície e fazer ciência", disse o chefe do programa de espaçonaves lunares Orion da agência espacial norte-americana, Howard Hu.
Habitats especificamente adaptados seriam necessários para apoiar missões científicas lunares tão ambiciosas, reconheceu o líder do programa Orion em uma entrevista. Howard saudou a decolagem da missão Artemis I, por meio do foguete SLS desenvolvido pela Boeing, carregando a cápsula Orion, a partir do Centro Espacial Kennedy no Cabo Canaveral na quarta-feira. Este foi apenas o primeiro passo da tão elogiada missão dos Estados Unidos de enviar astronautas de volta à Lua, disse Hu.
© AFP 2023 / JIM WATSONO foguete lunar não tripulado Artemis I decola da plataforma de lançamento 39B no Centro Espacial Kennedy da NASA em Cabo Canaveral, Flórida, 6 de novembro de 2022
O foguete lunar não tripulado Artemis I decola da plataforma de lançamento 39B no Centro Espacial Kennedy da NASA em Cabo Canaveral, Flórida, 6 de novembro de 2022
© AFP 2023 / JIM WATSON
'Exploração do Espaço Profundo'
Duas tentativas anteriores de lançar a Artemis I — em agosto e setembro — tiveram que ser descartadas devido a problemas técnicos e más condições climáticas causadas pela tempestade tropical Ian, na Flórida.
A missão não tripulada vai ser subsequentemente seguida por um voo lunar tripulado da espaçonave Orion. A Artemis II — a primeira missão lunar tripulada desde a Apollo 17 em 1972 — está programada para ser lançada em 2024.
O atual voo de teste da Artemis I está programado para durar 25 dias, voando até a Lua e voltando, com retorno à Terra previsto para 11 de dezembro. Ele vai passar de cinco a seis dias em uma órbita retrógrada em torno do único satélite natural da Terra. Durante o voo, especialistas da NASA vão corrigir a trajetória da espaçonave e testar sua preparação para futuras missões.
As @NASA_Orion begins the #Artemis I mission to the Moon, the spacecraft captured these stunning views of our home planet. pic.twitter.com/Pzk3PDt7sd
— NASA Artemis (@NASAArtemis) November 16, 2022
Começa a missão Artemis I à Lua, a espaçonave capturou essas imagens deslumbrantes do nosso planeta natal.
"É o primeiro passo que estamos dando para a exploração do espaço profundo a longo prazo, não apenas para os Estados Unidos, mas para o mundo [...] quero dizer, estamos retornando à Lua, estamos trabalhando em um programa sustentável e este é o veículo que nos levará de volta à Lua novamente", disse entusiasmado o gerente do programa Orion.
Ele explicou que uma das missões era descobrir se havia água no Polo Sul da Lua, água que poderia ser usada para criar propulsores de foguetes, de maneira a permitir o reabastecimento no espaço profundo para uma nova aventura em direção a Marte.
Artemis I está carregando um manequim com o objetivo de registrar os efeitos da infinidade de impactos do voo no corpo humano. Em caso de sucesso, uma terceira missão vai ser lançada já em 2025 para levar astronautas à Lua, incluindo a primeira mulher, segundo a NASA.
A agência norte-americana está trabalhando em parceria com as agências espaciais do Japão e da Europa em seu ambicioso esforço, fazendo com que a Orion, inclusive, carregue dois microssatélites desenvolvidos pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão.