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Rússia: EUA transferem biolaboratórios para outros países, incluindo Ucrânia, por risco de acidentes

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Símbolo de perigo biológico (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 26.11.2022
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O ex-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos John Bolton foi coautor de um documento sobre a necessidade de criação de armas biológicas para modernizar o Exército dos EUA e garantir a liderança mundial dos EUA, disse o tenente-general Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas russas.
"As pesquisas realizadas nos EUA para aumento das propriedades patogênicas dos microrganismos fazem repensar as declarações das personalidades oficiais da administração americana responsáveis pelas questões do combate às ameaças biológicas. Um deles foi John Bolton, que ocupou o cargo de Conselheiro de Segurança Nacional", disse Kirillov em um briefing neste sábado (26).
"Notem o relatório apresentado em setembro de 2000 'Reestruturação da Defesa da América', do qual Bolton é coautor. O documento observa que 'para alcançar uma posição de liderança global, os EUA precisam manter a superioridade de suas Forças Armadas, enquanto uma das vias de modernização é o desenvolvimento de armas biológicas. Entretanto, formas avançadas de armas biológicas capazes de atingir determinados genótipos poderão mudar o papel desse tipo de arma – em vez de um meio de dissuasão, será vantajoso usá-lo na política'", acrescentou o tenente-general.
Bolton liderou a delegação dos EUA na 5ª Conferência de Revisão da Convenção sobre as Armas Químicas e Biológicas (BWC, na sigla em inglês) em 2001, ressaltou Kirillov.
Na sequência da reunião, os EUA bloquearam completamente o trabalho relativo ao mecanismo de verificação e rejeitaram os processos propostos de verificação dos prováveis locais de armazenamento de armas biológicas, alegando que isso ameaça seus interesses nacionais, salientou especialista russo.
Kirillov disse também que nos Estados Unidos foi desenvolvida uma variante de coronavírus que causa a morte de 80% de animais de laboratório.
"Em outubro, na Universidade de Boston foi criado um agente artificial causador de coronavírus com base na cepa Omicron e na variante inicial de Wuhan. O vírus modificado criado pelos americanos causou a morte de 80% dos animais de testagem com o desenvolvimento de sintomas neurológicos atípicos e lesões pulmonares graves", declarou o especialista.
Ele acrescentou que as propriedades protetoras dos anticorpos foram reduzidas em um fator de 11 ao interagirem com o novo patógeno, além disso, as vacinas existentes são ineficazes contra ele.
Laboratórios biológicos financiados pelos EUA na Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 19.09.2022
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MD russo apresentou em Genebra provas materiais da atividade biomilitar dos EUA na Ucrânia
Segundo Kirillov, o próprio fato da realização de tal experimento sugere que os EUA não têm um sistema de supervisão governamental dos trabalhos de pesquisa e desenvolvimento e experimentos na área de engenharia genética e biologia sintética.
O especialista russo ressaltou também que os EUA transferem laboratórios biológicos para países terceiros devido ao alto risco de acidentes nestes laboratórios.
"O risco elevado de acidentes em biolaboratórios americanos é uma das razões para a sua remoção da jurisdição nacional e transferência para o território de países terceiros, incluindo a Ucrânia e outros Estados. Isso explica a deterioração da situação epidêmica em locais de sua instalação e o surgimento de doenças incomuns para essas regiões", concluiu general.
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