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Operação militar especial russa
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OTAN esgota estoques de armas destinadas à Ucrânia, escreve The New York Times

CC BY-SA 3.0 / Selvejp / Obuseiro autopropulsado Caesar de 155 mm
Obuseiro autopropulsado Caesar de 155 mm - Sputnik Brasil, 1920, 27.11.2022
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As exigências militares diárias de Kiev são muito superiores às enfrentadas pelos países ocidentais nas últimas décadas, explica a mídia norte-americana, e que isso está exacerbando a escassez de munições.
A maioria dos Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) esgotaram seu potencial para enviar seus estoques de armas para a Ucrânia, indicaram fontes militares ao jornal americano The New York Times (NYT).
"Os países menores esgotaram seu potencial, com 20 dos 30 membros, 'praticamente esgotados'", relata o artigo publicado no sábado (26).
O The New York Times observa que países europeus com economias grandes, como a Alemanha, França, Itália e Países Baixos, ainda podem fornecer armas para a Ucrânia, mas a situação é complicada.
"Mesmo os poderosos Estados Unidos têm apenas estoques limitados das armas que os ucranianos querem e precisam, e Washington não está disposto a desviar armas-chave de regiões delicadas como Taiwan e Coreia" do Sul, sublinha a mídia.
Entre os fatores que complicam a entrega de armas à Ucrânia está a enorme quantidade de munições que Kiev está solicitando, em contraste com as munições que a OTAN pode fabricar e fornecer.
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Assim, a Ucrânia atira entre 6.000 e 7.000 projéteis de artilharia por dia. Em comparação, os EUA fabricam uma média de 15.000 por mês, segundo o jornal, acrescentando que a OTAN está à procura de qualquer arma e artilharia da era soviética, tais como mísseis de defesa antiaérea S-300 e tanques T-72, e, acima de tudo, projéteis de artilharia de calibre soviético.
O NYT lembra que após a Guerra Fria os países da OTAN reduziram seus orçamentos militares para aproveitar o "dividendo da paz", e que mesmo após o começo da chamada Guerra ao Terror em 2001, a aliança podia se limitar a disparar não mais de 300 projéteis de artilharia no Afeganistão em 24 horas para resolver as tarefas no terreno.
As autoridades já estariam pressionando cada vez mais a Ucrânia para ser mais eficiente, e não atirar, por exemplo, um míssil que custa US$ 150.000 (R$ 811.500), porque algumas armas já estão se esgotando.
Outro problema enfrentado pela OTAN é que 90% dos € 3,1 bilhões (R$ 17,47 bilhões) do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz criado pela União Europeia para compensar as despesas dos Estados-membros com a Ucrânia já foram utilizados.
O apoio financeiro da Aliança Atlântica até agora totaliza mais de US$ 40 bilhões (R$ 216,4 bilhões), aproximadamente o equivalente ao orçamento militar da França.
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