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Visita de Macron aos EUA será última chance de convencer Biden a evitar guerra comercial, diz mídia

© AFP 2023 / Lukas Barth Presidente norte-americano, Joe Biden, e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, durante a cúpula do G7 no Palácio Elmau, no sul da Alemanha, em 27 de junho de 2022
Presidente norte-americano, Joe Biden, e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, durante a cúpula do G7 no Palácio Elmau, no sul da Alemanha, em 27 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 29.11.2022
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A visita do presidente francês Emmanuel Macron a Washington nesta semana se tornará a última chance para a Europa convencer o presidente norte-americano a suavizar a lei sobre a inflação nos EUA e evitar a guerra comercial, comunica o jornal Politico.
Segundo a edição, Macron quer saber se o presidente dos EUA poderá oferecer gás mais barato e garantir o acesso dos países europeus ao esquema norte-americano de subsídios a indústrias limpas no valor de bilhões de dólares.
O jornal salienta que se Biden se recusar a fazer concessões em relação à lei sobre a redução da inflação nos EUA, então a "guerra comercial transatlântica" será inevitável.
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De acordo com o jornal, a União Europeia considera que os EUA devem expressar mais solidariedade com a Europa, que está suportando "o fardo econômico" das sanções contra a Rússia.

"A UE suporta a maior parte do peso das sanções, e as consequências destes esforços contra a Rússia são óbvias […] Existe um risco de o desequilíbrio se agravar, já que a UE paga preços mais altos pela energia, enquanto os EUA tomam medidas para aumentar os investimentos na indústria", cita a edição um funcionário do Palácio do Eliseu.

Conforme o Politico, o avanço-chave para Macron será a concessão no fato de os aliados europeus poderem receber os mesmos direitos nos contratos que subsidiam a lei sobre a redução da inflação nos EUA que as empresas norte-americanas, canadenses e mexicanas.
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Contudo, segundo a edição, "ainda não se sabe se os norte-americanos, cuja indiferença em relação aos problemas da Europa não passou despercebida, ouvirão a mensagem" de Macron.
De acordo com um funcionário do Ministério da Economia da França, é improvável que os EUA abdiquem das medidas para reduzir a inflação por completo.
"Se a viagem de Macron acabar sem sucesso, os europeus enfrentarão uma escolha difícil: ou escolher a via do protecionismo com o risco de haver uma corrida aos subsídios, que eles não se podem permitir, ou ficar de lado e observar os muros protecionistas sendo criados por todo o mundo", diz o artigo.
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A lei assinada pelo presidente norte-americano em agosto, entre outras coisas, prevê a ampliação de subsídios fiscais na compra de carros elétricos montados na América do Norte que usam baterias produzidas nos EUA de materiais locais. A União Europeia chamou o Ato da Redução da Inflação de "discriminatório" em relação aos produtos semelhantes importados de outros países.
Anteriormente, o chefe do Ministério das Finanças francês afirmou que a França e a Alemanha estão trabalhando sobre uma resposta comum à lei sobre a redução da inflação nos EUA. O presidente francês, por sua vez, criticou a lei, chamando-a de "não amigável" e dizendo que ela não corresponde às normas da Organização Mundial do Comércio.
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