Putin diz a Scholz que Kiev descarta completamente as negociações devido ao apoio à Ucrânia
© Sputnik / Aleksei BabushkinPresidente russo, Vladimir Putin, durante reunião com os chefes dos serviços secretos dos países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), em 26 de outubro de 2022
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De acordo com o Kremlin, nesta sexta-feira (2) o presidente russo, Vladimir Putin, disse ao chanceler alemão, Olaf Scholz, durante uma conversa por telefone, que o apoio político e financeiro à Ucrânia leva Kiev à rejeitar completamente a ideia de negociações.
"Tudo isso, assim como o amplo apoio político e financeiro à Ucrânia, leva ao fato de que Kiev rejeite completamente a ideia de qualquer negociação. Além disso, encoraja os nacionalistas ucranianos radicais a cometer cada vez mais crimes sangrentos contra civis", afirmou o comunicado.
Segundo o comunicado do Kremlin, o presidente chamou a atenção para a linha destrutiva dos Estados ocidentais, incluindo a Alemanha, que sustentam o regime de Kiev com armas, treinando os militares ucranianos.
Putin pediu ao chanceler alemão que reconsiderasse as abordagens da Alemanha no contexto dos eventos ucranianos. Para o presidente russo, a postura dos países ocidentais resultou em ataques contra alvos na Ucrânia, uma resposta necessária da Rússia às provocações de Kiev — o que inclui o ataque terrorista na Ponte da Crimeia.
"Foi observado que as Forças Armadas russas por muito tempo se abstiveram de ataques com mísseis de precisão em certos alvos no território da Ucrânia, mas agora tais medidas se tornaram uma resposta necessária e inevitável aos ataques provocativos de Kiev contra a infraestrutura civil da Rússia, incluindo a Ponte da Crimeia e instalações de energia", disse o comunicado.
Do lado alemão, o porta-voz do gabinete, Steffen Hebestreit, disse que Scholz deseja uma solução diplomática para o conflito "o mais rápido possível".
"O chanceler [Olaf Scholz] pediu ao presidente russo [Vladimir Putin] que encontre uma solução diplomática o mais rápido possível, incluindo a retirada das tropas russas", acrescentou Hebestreit.
As partes concordaram em manter contato sobre o conflito ucraniano.