Venezuela assina acordo com Chevron para continuar produzindo petróleo em meio à crise de energia
© AP Photo / Elaine ThompsonA bandeira dos Estados Unidos tremula em frente a um posto de gasolina da Chevron em Blaine, Washington, EUA, 23 de maio de 2013
© AP Photo / Elaine Thompson
Nos siga no
Caracas chegou a um acordo com a empresa norte-americana Chevron para continuar produzindo petróleo em meio à crise energética que afeta o mundo agravada pelo conflito na Ucrânia.
Apesar de a Casa Branca manter há anos uma política hostil com o governo venezuelano, no campo petrolífero a relação tem dado sinais de melhora nos últimos meses.
A assinatura de novos contratos entre a Venezuela e a Chevron visa aumentar a produção de petróleo no país sul-americano.
"A assinatura desses novos acordos com a Chevron deve ser vista com otimismo. Em primeiro lugar, porque é uma prova irrefutável de que a guerra na Ucrânia mudou a dinâmica energética do mundo e os Estados Unidos tiveram que aliviar as sanções contra a Venezuela para permitir a chegada do petróleo bruto venezuelano às suas refinarias", disse o deputado do Partido Pátria para Todos (PPT, alinhado à esquerda) da Venezuela, Willian Rodríguez, à Sputnik.
No dia 26 de novembro, os Estados Unidos autorizaram a Chevron a voltar a operar em solo venezuelano após a retomada da mesa de diálogo no México entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição Plataforma Unitária.
"Estamos muito ansiosos para ver como essas coisas vão se desenrolar. Acho que o governo do camarada presidente Nicolás Maduro conquista mais uma vitória, porque bem, são os 'gringos' que emitem essa licença, não é a mesa de diálogo, não é qualquer outra instância, mas sim o próprio presidente Biden que tem que engolir suas palavras contra a Venezuela e descobrir como receber petróleo da Venezuela", disse o legislador venezuelano.
Os novos acordos entre Caracas e a gigante petrolífera dos Estados Unidos visam promover o desenvolvimento das empresas mistas e da produção petrolífera, sempre nos termos estabelecidos na Constituição venezuelana, informou o ministro do Petróleo do país, Tareck El Aissami.