Von der Leyen defende tomada de medidas em resposta à Lei de Redução da Inflação dos EUA
17:39 04.12.2022 (atualizado: 08:37 05.12.2022)
© AP Photo / Jean-Francois BadiasA presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa durante debate da União Europeia em Estrasburgo, na França, em 4 de maio de 2022
© AP Photo / Jean-Francois Badias
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A União Europeia (UE) deve tomar medidas para equilibrar a competição global após a aprovação da Lei de Redução da Inflação nos Estados Unidos, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Ela também garantiu que a UE vai continuar a trabalhar com os EUA para resolver as diferenças de concorrência.
"Devemos ajustar nossas regras para facilitar o investimento público na transformação ambiental, e o financiamento pan-europeu também deve ser reavaliado", declarou von der Leyen durante uma apresentação no Colégio da Europa na cidade belga de Bruges.
A presidente da Comissão Europeia garantiu que a UE vai continuar a trabalhar com os EUA para resolver as diferenças na concorrência comercial, bem como garantir a igualdade de condições para as empresas que surgiram desde a aprovação da nova lei.
A Lei de Redução da Inflação, assinada em agosto pelo presidente dos EUA, Joe Biden, fornece cerca de US$ 369 bilhões (aproximadamente R$ 1,9 trilhão) em financiamento para tecnologia verde e segurança energética dos EUA. Além disso, os EUA direcionam US$ 80 bilhões (cerca de R$ 417,6 bilhões) para a aplicação de impostos internos do serviço de receita do Governo Federal norte-americano.
A UE classificou este movimento como discriminatório em relação à produção similar importada de outros países, temendo que os subsídios dos EUA afastem potenciais investimentos do continente europeu.
Neste contexto, o comissário europeu do mercado interno, Thierry Breton, declarou no dia 7 de novembro que não estava descartada a aplicação de medidas de resposta caso os EUA não revissem as suas medidas de apoio às empresas previstas na Lei de Redução da Inflação .