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UE precisa 'cooperar com China' diante de possível guerra comercial com EUA, diz mídia
UE precisa 'cooperar com China' diante de possível guerra comercial com EUA, diz mídia
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Diante das preocupações com uma possível guerra comercial entre a União Europeia (UE) e os EUA, analistas chineses disseram que as principais economias... 06.12.2022, Sputnik Brasil
2022-12-06T11:28-0300
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A pressão dos EUA sobre a UE é uma oportunidade para as relações China-UE, já que atualmente os líderes europeus estão se envolvendo com os EUA e a China, disseram especialistas ao jornal Global Times (GT) com vistas à visita do presidente francês Emmanuel Macron à China, agendada possivelmente para janeiro de 2023.Além de Macron, que chamou a medida de "superagressiva" afirmando que ela arrisca "fragmentar o Ocidente", mais políticos da UE estão se manifestando contra a Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês) dos EUA — que oferece enormes subsídios para produtos fabricados em solo norte-americano como veículos elétricos e energia limpa — já que ela pode desviar investimentos da UE para os EUA.No último domingo (4), foi a vez da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen tecer críticas, afirmando que a UE deve tomar medidas de "reequilíbrio" para suavizar as "distorções" da concorrência causadas pelos subsídios de US$ 369 bilhões (cerca de R$ 1,9 trilhão) da lei.Para o especialista, muitos países europeus têm se preocupado com o esvaziamento de suas indústrias em um momento em que os preços da energia estão subindo na Europa e o custo dos bens industriais está corroendo a competitividade, "mas a Europa não tem muitas ferramentas para lidar com a situação", pontuou Sun.O pesquisador argumenta que alguns líderes e elites da UE ainda têm ilusões ou desejos sobre os EUA, acreditando que Washington é seu aliado, apesar dos atritos comerciais. Mas, segundo observadores chineses ouvidos pelo GT, os laços EUA-UE estão se tornando cada vez mais competitivos em termos econômicos, razão pela qual os EUA estão aproveitando o conflito ucraniano e alimentando uma crise energética sequencial para diminuir a economia e o ambiente de negócios da UE.A atual crise comercial entre UE e EUA levou ao chefe do Comitê de Comércio do Parlamento Europeu, Bernd Lange, declarar, no domingo, que o bloco europeu deveria apresentar uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a lei.A UE está claramente dividida em um grupo que prioriza seus laços com os EUA independentemente dos custos e um grupo que busca uma formulação de políticas mais independente.Especialistas acreditam que a insatisfação da UE com os EUA pode abrir uma janela para a China e a UE melhorarem os laços bilaterais, bem como fornecer uma solução para a situação na Ucrânia.Na quinta-feira (1º), o presidente chinês Xi Jinping disse que quanto mais instável se tornar a situação internacional e quanto mais desafios o mundo enfrentar, maior será a importância global assumida pelas relações China-UE.O diretor do Instituto de Assuntos Internacionais da Universidade Renmin da China, Wang Yiwei, disse que Pequim está sempre disposta a aprofundar seus laços com a Europa. Se Macron visitar a China, ele pode querer "ter uma boa conversa com a China", especialmente depois de sua "decepção com os EUA".
https://noticiabrasil.net.br/20221204/guerra-comercial-eua-ue-preocupada-com-politica-de-washington-bruxelas-pede-por-mudancas-na-lei-26262139.html
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ásia e oceania, china, união europeia, frança, xi jinping, emmanuel macron, ursula von der leyen, comissão europeia, eua, guerra comercial, relações bilaterais, global times, organização mundial do comércio, pequim
UE precisa 'cooperar com China' diante de possível guerra comercial com EUA, diz mídia
Diante das preocupações com uma possível guerra comercial entre a União Europeia (UE) e os EUA, analistas chineses disseram que as principais economias europeias precisam tomar decisões pragmáticas para salvaguardar seus próprios interesses.
A
pressão dos EUA sobre a UE é uma oportunidade para as relações China-UE, já que atualmente os líderes europeus estão se envolvendo com os EUA e a China,
disseram especialistas ao jornal Global Times (GT) com vistas à visita do
presidente francês Emmanuel Macron à China, agendada possivelmente para janeiro de 2023.
Além de Macron, que chamou a medida de "superagressiva" afirmando que ela arrisca "
fragmentar o Ocidente", mais
políticos da UE estão se manifestando contra a Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês) dos EUA — que oferece enormes subsídios para produtos fabricados em solo norte-americano como veículos elétricos e energia limpa — já que ela pode desviar investimentos da UE para os EUA.
No último domingo (4), foi a vez da
presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen tecer críticas, afirmando que a UE deve
tomar medidas de "reequilíbrio" para suavizar as "distorções" da concorrência causadas pelos subsídios de US$ 369 bilhões (cerca de R$ 1,9 trilhão) da lei.
De acordo com o pesquisador dos Institutos de Relações Internacionais Contemporâneas da China Sun Keqin, a lei dos EUA exibe protecionismo e nacionalismo econômico.
4 de dezembro 2022, 11:07
Para o especialista, muitos países europeus têm se preocupado com o esvaziamento de suas indústrias em um momento em que os preços da energia estão subindo na Europa e o custo dos bens industriais está corroendo a competitividade, "mas a Europa não tem muitas ferramentas para lidar com a situação", pontuou Sun.
"Mas não importa como os dois lados lidam com o conflito e como o jogo se desenrola, o relacionamento transatlântico está destinado a sofrer danos", observou Sun.
O pesquisador argumenta que alguns líderes e elites da UE ainda têm ilusões ou desejos sobre os EUA,
acreditando que Washington é seu aliado, apesar dos atritos comerciais. Mas, segundo observadores chineses ouvidos pelo GT, os
laços EUA-UE estão se tornando cada vez mais competitivos em termos econômicos, razão pela qual os EUA estão aproveitando o conflito ucraniano e alimentando uma
crise energética sequencial para
diminuir a economia e o ambiente de negócios da UE.
A
atual crise comercial entre UE e EUA levou ao chefe do Comitê de Comércio do Parlamento Europeu, Bernd Lange, declarar, no domingo, que o bloco europeu deveria
apresentar uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a lei.
2 de dezembro 2022, 14:54
A
UE está claramente dividida em um grupo que prioriza seus laços com os EUA independentemente dos custos e um grupo que busca uma
formulação de políticas mais independente.
Especialistas acreditam que a insatisfação da UE com os EUA pode abrir uma janela para a China e a UE
melhorarem os laços bilaterais, bem como fornecer uma solução para a
situação na Ucrânia.
Na quinta-feira (1º), o presidente chinês Xi Jinping disse que quanto mais instável se tornar a situação internacional e quanto mais desafios o mundo enfrentar, maior será a importância global assumida pelas relações China-UE.
O diretor do Instituto de Assuntos Internacionais da Universidade Renmin da China, Wang Yiwei, disse que Pequim está sempre disposta a aprofundar seus laços com a Europa. Se Macron visitar a China, ele pode querer "ter uma boa conversa com a China", especialmente depois de sua "decepção com os EUA".