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Governo peruano declara estado de emergência por 30 dias em resposta a protestos

© AP Photo / Martin MejiaPoliciais disparam bombas de efeito moral para dispersar apoiadores do presidente deposto Pedro Castillo, em Lima, no Peru, segunda-feira, 12 de dezembro de 2022
Policiais disparam bombas de efeito moral para dispersar apoiadores do presidente deposto Pedro Castillo, em Lima, no Peru, segunda-feira, 12 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 14.12.2022
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Protestos começaram após o impeachment de Castillo e sua posterior detenção. Manifestantes exigem eleições presidenciais antecipadas e a dissolução do Congresso.
O governo peruano decidiu declarar estado de emergência no país, por um período de 30 dias, em resposta aos protestos em massa em apoio ao ex-presidente Pedro Castillo. A informação foi dada pelo ministro da Defesa peruano, Alberto Otárola.

Os protestos no Peru começaram após o impeachment de Castillo e sua posterior detenção. Os manifestantes exigem eleições presidenciais antecipadas e a dissolução do Congresso.
Em reunião do Conselho de Ministros, foi decidido declarar estado de emergência por 30 dias no país. Com esta medida, procuramos garantir a ordem, a continuidade da atividade econômica e a proteção de milhões de famílias.

Segundo a agência Andina, o ministro disse ainda que o estado de emergência entrará em vigor poucas horas após a publicação do respectivo decreto no boletim oficial.
O anúncio do estado de emergência é mais um capítulo na crise política peruana, que se agravou em 7 de dezembro, quando o então presidente Castillo fez uma transmissão na televisão comunicando a dissolução do Congresso e a implementação de um estado de exceção no país, com toque de recolher.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que o Congresso votaria um pedido de impeachment contra Castillo. Os parlamentares ignoraram o anúncio e deram andamento à votação, que terminou com a destituição de Castillo.
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As Forças Armadas e a polícia peruana se manifestaram contra a decisão de Castillo, e ele foi preso sob a acusação de rebelião e abuso de poder. A vice-presidente Dina Boluarte foi empossada como chefe de Estado no Congresso e se tornou a primeira mulher presidente do Peru. Ela propôs realizar eleições presidenciais antecipadas em 2024.
Aliados de Castillo vêm sustentando que o ex-presidente foi induzido a decretar a dissolução do Congresso, possivelmente tendo sido dopado, como uma manobra para acelerar sua deposição. Somado a isso, apoiadores do ex-presidente passaram a promover violentos protestos no país.
No último domingo (11), o aeroporto de Andahuaylas, no departamento de Apurímac, no sul do país, foi tomado por manifestantes, que depredaram a pista de aterrisagem e outras instalações do local. No dia seguinte, Otárola comunicou que a presidente Boluarte exonerou prefeitos e subprefeitos a nível nacional, sob a acusação de que eles teriam um papel ativo nos protestos sociais que eclodiram no Peru.
Opositores de Pedro Castillo comemoram sua destituição do lado de fora da delegacia para onde foi levado, em Lima, no Peru, em 7 de dezembro de 2022. No cartaz se lê, em espanhol: Também vamos tirar Dina Boluarte. Boluarte foi vice-presidente de Castillo e atualmente governa o país - Sputnik Brasil, 1920, 08.12.2022
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