Áustria deve proibir trânsito de armas da OTAN para Ucrânia através dela, diz ex-vice-chanceler
© AP Photo / Efrem LukatskySoldados ucranianos abrem fogo com um obuseiro M777 fornecido pelos EUA contra posições russas na República Popular de Donetsk (RPD), em 18 de junho de 2022

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A Áustria não deveria tolerar o trânsito de armas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para a Ucrânia através de seu território, disse o ex-vice-chanceler Heinz-Christian Strache nesta quinta-feira (15).
"Não deveríamos ter concordado com as sanções da União Europeia [UE] ou com o envio de armas da OTAN através da Áustria", disse Strache à Sputnik.
O ex-vice-chanceler citou o atual governo da Áustria insistindo que qualquer veículo militar da OTAN que passe pelo território do país vá para o flanco leste da aliança, não para a zona de combate na Ucrânia.
Se, no entanto, for confirmado que as armas da Aliança Atlântica que passaram pela Áustria, cuja posição é neutra, acabaram indo para a Ucrânia, "seria uma flagrante violação da Constituição austríaca e da neutralidade", disse Strache.
Desde que a Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia no dia 24 de fevereiro, os países ocidentais têm fornecido a Kiev ajuda humanitária, militar e financeira. Moscou denunciou o fluxo de armas para a Ucrânia de seus aliados ocidentais, dizendo que a postura só "acrescenta lenha à fogueira", alimentando e prolongando o conflito.
Moscou alertou repetidamente o Ocidente contra um maior envolvimento no conflito, enquanto a UE, os Estados Unidos e a OTAN sustentaram que não fazem parte das hostilidades, apesar de treinar soldados ucranianos, enviar seus instrutores e equipamentos para a Ucrânia e fornecer inteligência para o regime de Kiev.