Japão tem protesto contra inclusão de ataques de retaliação em estratégia de segurança nacional
© AP Photo / Eugene HoshikoO tanque tipo 90 da Força de Auto-defesa Terrestre Japonesa dispara sua arma contra um alvo durante um exercício anual de simulação no acampamento Minami Eniwa na terça-feira, 7 de dezembro de 2021, em Eniwa, ilha japonesa de Hokkaido, no norte do Japão
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Nesta quinta-feira (15), centenas de japoneses foram às ruas de Tóquio em protesto contra planos do governo de incluir a possibilidade de ataques retaliatórios contra base militares inimigas dentro da estratégia de segurança nacional.
Conforme publicou a emissora local NHK, cerca de 800 pessoas protestaram em frente ao parlamento japonês. Os manifestantes carregavam placas e cartazes com dizeres como "nós não permitiremos expansão militar unilateral" e "não aprovamos a possibilidade de ataques contra bases inimigas".
Durante o protesto, o parlamentar Akira Koike, vice-líder do Partido Comunista do Japão, realizou um discurso com críticas contra o premiê japonês, Fumio Kishida. Em sua fala, Koike criticou os planos do governo de aumentar as capacidades de defesa do país em vez de buscar um desenvolvimento mais pacífico.
© AP Photo / Kiyoshi Ota / PoolO premiê japonês, Fumio Kishida, participa de coletiva de imprensa após encontro dos líderes do Diálogo Quadrilateral de Segurança (Quad) em Tóquio, 24 de maio de 2022
O premiê japonês, Fumio Kishida, participa de coletiva de imprensa após encontro dos líderes do Diálogo Quadrilateral de Segurança (Quad) em Tóquio, 24 de maio de 2022
© AP Photo / Kiyoshi Ota / Pool
Em outubro, Kishida afirmou que Tóquio consideraria todas as opções para garantir a segurança de seus cidadãos, incluindo a possibilidade de ataques de retaliação. Recentemente, a agência japonesa de notícias Kyodo publicou que o governo japonês planeja ampliar o orçamento de defesa do país para até US$ 318 bilhões (R$ 1,6 trilhão), ante os atuais US$ 40 bilhões (R$ 208 bilhões).
As autoridades japonesas devem atualizar três documentos de segurança até o final de 2022: a Estratégia Nacional de Segurança, o Programa de Diretrizes Nacionais de Defesa e o Programa de Defesa de Meio Termo.