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Peru: Congresso rejeita antecipar eleições para 2023; ministros renunciam após mortes em protestos

© AP Photo / Martin MejiaApoiadores do presidente deposto Pedro Castillo carregam faixa pedindo o fechamento do Congresso, em frente ao Congresso, em Lima, Peru, no domingo, 11 de dezembro de 2022
Apoiadores do presidente deposto Pedro Castillo carregam faixa pedindo o fechamento do Congresso, em frente ao Congresso, em Lima, Peru, no domingo, 11 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 16.12.2022
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Pelo menos 18 pessoas, entre manifestantes e agentes de segurança, já morreram em decorrência das manifestações que ocorrem no país em protesto contra a deposição de Pedro Castillo.
Alvo de uma forte onda de protestos, que entram em seu nono dia nesta sexta-feira (16), o Peru rejeitou a proposta para antecipar as eleições presidenciais para 2023. A decisão foi tomada em votação no Congresso.
"Com 49 votos a favor, 33 contra e 25 abstenções, o plenário do Congresso não aprovou a reforma constitucional, que prevê a realização de eleições presidenciais em 2023", diz o relatório da sessão.
Os protestos no Peru começaram após o impeachment do presidente Pedro Castillo e sua detenção. Os manifestantes exigem eleições presidenciais antecipadas e o fim do Congresso. As autoridades declararam estado de emergência no país por 30 dias, o que autoriza o uso das Forças Armadas para o restabelecimento da ordem pública. Até o momento, pelo menos 18 pessoas morreram, entre manifestantes e agentes de segurança, em decorrência dos protestos.
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Por conta das mortes, dois ministros já apresentaram sua renúncia à presidente Dina Boluarte nesta sexta-feira. A primeira foi a ministra da Educação, Patricia Correa, que assumiu o cargo há seis dias, após a posse de Boluarte. Poucas horas depois, o ministro da Cultura peruano Jair Pérez enviou uma carta à chefe de Estado apresentando sua renúncia. Ele assumiu o cargo há apenas cinco dias.
"Escrevo-lhe para comunicar a minha renúncia ao cargo de ministro da Cultura. Agradeço a confiança, no entanto os lamentáveis ​​acontecimentos ocorridos no país, que têm como saldo a perda irreparável de irmãos e irmãs, tornam a minha permanência em seu governo insustentável", escreveu Pérez.
Pedro Castillo foi deposto em 7 de dezembro, após tentar dissolver o Congresso, em meio a uma votação de impeachment contra seu governo. Ele foi preso sob a acusação de rebelião e abuso de poder. Posteriormente, Dina Boluarte, ex-vice de Castillo, foi empossada como chefe de Estado no Congresso.
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