https://noticiabrasil.net.br/20221224/japao-se-prepara-para-retaliacao-armada-e-muda-postura-militar-de-decadas-do-pais-26613214.html
Japão se prepara para retaliação armada e muda postura militar de décadas do país
Japão se prepara para retaliação armada e muda postura militar de décadas do país
Sputnik Brasil
O Japão está se afastando do conceito de contenção militar que manteve por décadas diante da crescente ameaça da China. O país, que antes não gastava mais de... 24.12.2022, Sputnik Brasil
2022-12-24T17:13-0300
2022-12-24T17:13-0300
2022-12-24T17:13-0300
panorama internacional
ásia e oceania
japão
taiwan
china
tensão geopolítica
tensão regional
tensão militar
forças armadas
ásia-pacífico
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/0c/18/26613194_0:0:3141:1768_1920x0_80_0_0_8aa90d6280aaf7237c07244408071d8f.jpg
A mídia norte-americana Foreign Affairs descreve esta medida como "um símbolo de profunda transformação". Segundo o jornal, anteriormente, a reputação do Japão no mundo se baseava nas capacidades demográficas, econômicas e tecnológicas do país, que o colocavam entre os países mais poderosos do mundo, mas a sua força militar ficava fora deste núcleo. O Japão se limitou a gastar em operações internacionais de manutenção da paz e a aliança entre os EUA e o Japão, o que lhe permitiu destinar não mais do que 1% do PIB às forças armadas. O jornal observa que a contenção militar do Japão tem sido fundamental para a segurança nacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Os chefes dos governos nacionais não permitiram que os militares assumissem a direção do Estado e, assim, restringiram consideravelmente sua influência. Contra a pressão exercida por forças políticas externas e internas, o Japão não abandonou o conceito de "defesa defensiva", segundo o qual as Forças Armadas do país existiam apenas para autodefesa.O autor do artigo justifica a decisão de abandonar a antiga política por fatores externos, argumentando que a mudança é motivada por "defesa, não ambição". De acordo com ele, a nova orientação aponta para a China, que está construindo armas convencionais e nucleares, e os aviões e navios de guerra daquele país, segundo o Foreign Affairs, freqüentemente invadem ilegalmente as águas territoriais japonesas. Também vê a China como uma ameaça a Taiwan, cuja autonomia o Japão apóia e considera crucial para sua própria segurança. Da mesma forma, a Coreia do Norte é mencionada sob o pretexto de que aumentou o ritmo dos testes de mísseis e avançou no desenvolvimento de armas termonucleares. O autor também acredita que o conflito ucraniano contribuiu para conscientizar a população sobre a necessidade de se preparar militarmente para um possível ataque. O autor do artigo argumenta que as crescentes capacidades de mísseis da China e da Coreia do Norte fazem com que Tóquio dependa não apenas da defesa antimísseis, mas também do uso de um possível "contra-ataque".As crescentes ameaças de seus vizinhos levaram o governo japonês a modificar sua política de segurança, o que aumentará seu orçamento de defesa dos atuais US$ 54 bilhões (cerca R$ 278,9 bilhões) para US$ 80 bilhões (aproximadamente R$ 413,1 bilhões) em 2027. Isso tornaria o Japão o terceiro país do mundo com maior gasto militar, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, e ultrapassaria a Índia, a Arábia Saudita e as grandes potências europeias, observa o Foreign Affairs. Para finalizar, o autor destaca a aprovação de tais ações pelos EUA e seus aliados, concluindo que são "boas notícias e um sinal de maior contribuição de um país pacífico para a segurança na Ásia".
https://noticiabrasil.net.br/20220912/toquio-diz-que-retomara-realocacao-da-base-aerea-dos-eua-em-okinawa-apesar-de-oposicao-local-24739844.html
https://noticiabrasil.net.br/20221219/ao-expandir-infraestrutura-militar-estara-japao-passando-a-vanguarda-do-conflito-entre-eua-e-china-26500897.html
japão
taiwan
china
ásia-pacífico
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2022
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/0c/18/26613194_246:0:2977:2048_1920x0_80_0_0_7003f5b53665a3acabcdb9a9dce29bc9.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
ásia e oceania, japão, taiwan, china, tensão geopolítica, tensão regional, tensão militar, forças armadas, ásia-pacífico, eua, segurança
ásia e oceania, japão, taiwan, china, tensão geopolítica, tensão regional, tensão militar, forças armadas, ásia-pacífico, eua, segurança
Japão se prepara para retaliação armada e muda postura militar de décadas do país
O Japão está se afastando do conceito de contenção militar que manteve por décadas diante da crescente ameaça da China. O país, que antes não gastava mais de 1% do PIB na esfera militar, decidiu dobrar, o que já se refletiu em uma nova estratégia de segurança nacional.
A
mídia norte-americana Foreign Affairs descreve esta medida como "um símbolo de profunda transformação". Segundo o jornal, anteriormente, a reputação do Japão no mundo se baseava nas
capacidades demográficas, econômicas e tecnológicas do país, que o colocavam entre os países mais poderosos do mundo, mas a sua
força militar ficava fora deste núcleo. O Japão se limitou a gastar em
operações internacionais de manutenção da paz e a aliança entre os EUA e o Japão, o que lhe permitiu destinar não mais do que 1% do PIB às forças armadas.
O jornal observa que a contenção militar do Japão tem sido fundamental para a segurança nacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Os chefes dos governos nacionais não permitiram que os militares assumissem a direção do Estado e, assim, restringiram consideravelmente sua influência.
Contra a pressão exercida por
forças políticas externas e internas, o Japão não abandonou o conceito de "defesa defensiva", segundo o qual as Forças Armadas do país
existiam apenas para autodefesa.
12 de setembro 2022, 11:51
O autor do artigo justifica a decisão de abandonar a antiga política por fatores externos, argumentando que a
mudança é motivada por "defesa, não ambição". De acordo com ele, a nova orientação aponta para a China, que está construindo
armas convencionais e nucleares, e os aviões e navios de guerra daquele país, segundo o Foreign Affairs, freqüentemente invadem ilegalmente as águas territoriais japonesas. Também vê a China como uma
ameaça a Taiwan, cuja autonomia o Japão apóia e considera crucial para sua própria segurança.
Da mesma forma, a Coreia do Norte é mencionada sob o pretexto de que
aumentou o ritmo dos testes de mísseis e avançou no desenvolvimento de
armas termonucleares. O autor também acredita que o
conflito ucraniano contribuiu para conscientizar a população sobre a necessidade de se preparar militarmente para um possível ataque.
O autor do artigo argumenta que as crescentes capacidades de mísseis da China e da Coreia do Norte fazem com que Tóquio dependa não apenas da
defesa antimísseis,
mas também do uso de um possível "contra-ataque".
19 de dezembro 2022, 10:07
As crescentes ameaças de seus vizinhos levaram o governo japonês a modificar sua política de segurança, o que aumentará seu orçamento de defesa dos atuais US$ 54 bilhões (cerca R$ 278,9 bilhões) para US$ 80 bilhões (aproximadamente R$ 413,1 bilhões) em 2027. Isso
tornaria o Japão o terceiro país do mundo com maior gasto militar, atrás
apenas dos Estados Unidos e da China, e ultrapassaria a Índia, a Arábia Saudita e as grandes potências europeias, observa o Foreign Affairs.
Para finalizar, o autor destaca a aprovação de tais ações pelos EUA e seus aliados, concluindo que são "boas notícias e um sinal de
maior contribuição de um país pacífico para a
segurança na Ásia".