Ocidente está perdendo influência na África, ao contrário de Rússia e China, escreve mídia
08:05 28.12.2022 (atualizado: 08:12 28.12.2022)
© AP Photo / Patrick SemanskyDurante a Cúpula de Líderes EUA–África, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (ao centro), fala sobre parceria na Agenda 2063, da União Africana. Washington, EUA, 15 de dezembro de 2022
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Nos últimos anos, os Estados Unidos e as antigas potências coloniais Reino Unido e França estão perdendo sua influência na África, enquanto a Rússia e a China estão expandindo sua presença nesta região.
"A crescente influência da Rússia destaca a mudança de relacionamento no continente [africano] que mais cresce no mundo. Nos últimos anos, os Estados Unidos e as antigas potências coloniais Reino Unido e França perderam posições para a China, Rússia e atores menores, como a Turquia e os países do golfo [Pérsico]", escreve o jornal The Times.
A mídia salienta também que a Rússia pode contar com grande apoio na África, que "há muito tempo era uma área de diversões das grandes potências" em nível internacional, principalmente na Organização das Nações Unidas (ONU).
Na cúpula EUA-África que ocorreu neste dezembro, o presidente norte-americano Joe Biden "tentou atrair líderes dos países africanos" para o Ocidente. No entanto, o jornal observa que a nova rodada de combate pela África "já pode estar perdida" no contexto da expansão da presença da Rússia e da China na região.
A cúpula EUA-África contou com a presença de chefes de Estado de 49 países africanos, bem como de um representante da União Africana. Vários países – Mali, Burkina Faso, Guiné e Sudão, onde recentemente ocorreram golpes de Estado não foram convidados. Eritreia, com a qual os Estados Unidos não têm relações diplomáticas, não participou da cúpula. Os líderes do Zimbábue e da África do Sul por várias razões haviam cancelado sua participação.
Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que a Rússia procurará parceiros em países em desenvolvimento dinâmico na Ásia, América Latina e África.