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Brasília: bolsonaristas começam a desmontar acampamento em frente ao Quartel-General do Exército

© FolhapressBolsonaristas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília (DF), em 29 de dezembro de 2022
Bolsonaristas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília (DF), em 29 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 02.01.2023
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Vídeos divulgados nas redes sociais mostram a falta de atividade e esvaziamento no acampamento, que estava montado no local desde o fim do segundo turno das eleições.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começaram a desmontar o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília (DF), nesta segunda-feira (2), um dia após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomar posse como presidente da República.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o esvaziamento no acampamento e a falta de atividade dos manifestantes que ocupavam o local.
A desmobilização começou já na última sexta-feira (30), após Bolsonaro divulgar sua última live, antes de embarcar para os EUA. Frustrados com o ex-presidente, alguns apoiadores começaram a deixar o acampamento.
Porém uma grande parcela permaneceu no local. Muitos cultivavam a expectativa de que o então vice de Bolsonaro, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), decretasse uma intervenção federal em seu discurso de fim de ano, no sábado (31).
Tradicionalmente, o discurso é feito pelo presidente da República, mas a tarefa foi delegada a Mourão. Sem mencionar Bolsonaro, Mourão criticou a gestão anterior e a contestação dos resultados da eleição.
"Deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por fomentar um pretenso golpe", disse Mourão.
Após o discurso, bolsonaristas radicais passaram a classificar Mourão como "traidor" nas redes sociais.
A partida de Bolsonaro, a crítica de Mourão aos pedidos por intervenção federal e a posterior posse de Lula fizeram minguar o ânimo dos que permaneceram no acampamento, e muitos começaram a desmontar as barracas nesta manhã, conforme noticiou o jornal O Globo.
"São 15 dias de dedicação patriótica. Ninguém aqui acreditava que esse petista (Lula) iria subir a rampa. Estou triste porque fiz muitos amigos aqui, e agora sinto que é a hora de voltar para casa. Já deu. Não tem como lutar mais. Não chegaram as instruções que esperávamos do nosso capitão", disse ao jornal uma apoiadora que não quis se identificar.
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