Coreia do Sul estabelece nova divisão de resposta à ameaça nuclear da Coreia do Norte, diz mídia
15:51 02.01.2023 (atualizado: 08:53 03.01.2023)
© AP Photo / Ministério da Defesa da Coreia do SulNesta foto fornecida pelo Ministério da Defesa da Coreia do Sul, soldados sul-coreanos operam um canhão automático Vulcan durante um exercício militar em Yangju, Coreia do Sul, 29 de dezembro de 2022
© AP Photo / Ministério da Defesa da Coreia do Sul
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Os militares da Coreia do Sul lançaram uma nova divisão encarregada de combater as ameaças das armas nucleares e outras armas de destruição em massa da Coreia do Norte, nesta segunda-feira (2), divulgou a agência de notícias Yonhap.
De acordo com a mídia sul-coreana, o Estado-Maior Conjunto realizou uma cerimônia marcando a criação da Diretoria de Combate Nuclear e de Armas de Destruição em Massa, que cria as bases para o lançamento deste "comando estratégico" do país.
O lançamento ocorre depois que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, levantou a necessidade de um aumento "exponencial" no arsenal nuclear de seu país e renovou os planos para reforçar as capacidades de autodefesa durante a reunião do partido governista na semana passada, aumentando as perspectivas de provocações contínuas já no início de 2023.
A nova diretoria se originou do Centro de Resposta Nuclear e de Armas de Destruição em Massa sob a Diretoria de Planejamento Estratégico do Estado-Maior Conjunto, mas acabou ganhando uma estrutura separada com funções adicionais em informação, operação e desenvolvimento de força e combate graças à tensão regional na península da Coreia para lidar com as provocações contínuas de Pyongyang. Com isso, o comando estratégico passa a ter uma abrangência maior em suas competências, com maior autonomia.
A nova diretoria vai liderar os esforços de Seul para desenvolver seu sistema de defesa de "três eixos" — que consiste em punir, retaliar e incapacitar a liderança da Coreia do Norte em caso de conflito; criar uma plataforma de ataque preventivo; e, aprimorar o sistema de defesa aérea e de mísseis — com objetivo de supervisionar o gerenciamento integrado de capacidades nos domínios espacial, cibernético e do espectro eletromagnético.
"[Nós] daremos o nosso melhor para estarmos equipados em um estágio inicial com uma postura para responder imediatamente a qualquer ameaça nuclear e de mísseis do Norte, bem como capacidades de resposta que possam subjugar o inimigo", disse o major-general Park Hu-soung, chefe inaugural do novo corpo estratégico de Seul.