Mais 10 ministros assumem cargos no governo Lula; veja a lista
01:29 04.01.2023 (atualizado: 06:24 04.01.2023)
© AP Photo / Peter DejongO presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participa de encontro com jovens ativistas durante a COP27, a cúpula do clima das Nações Unidas de 2022, em Sharm el-Sheikh. Egito, 17 de novembro de 2022
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Na terça-feira (3), dez novos ministros assumiram seus cargos no governo do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre eles o ministro da Previdência, Carlos Lupi, o ministro das Cidades, Jader Filho, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Vinícius Marques.
A maioria dos 37 ministros do novo governo Lula já tomou posse na segunda-feira (2). Entre os já empossados estão o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro da Justiça, Flávio Dino, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o ministro da Defesa, José Múcio.
Na terça-feira (3), mais dez ministros participaram de cerimônias de posse e discursaram apontando possíveis direções para suas gestões. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, teve uma das falas com maior repercussão ao longo do dia ao criticar a reforma da Previdência, aprovada em 2019, e afirmar que pretende discutir a medida.
"Quero formar comissão quadripartite [...] com uma representação dos sindicatos patronais, com sindicatos dos empregados, com sindicatos dos aposentados e com governo, nós precisamos discutir com profundidade o que foi essa antirreforma da previdência, discutir com números e com profundidade", disse, que também prometeu zerar a fila do INSS até o final do ano.
© Fotoarena/FolhapressPrevidência: agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na região central de São Paulo
Previdência: agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na região central de São Paulo
© Fotoarena/Folhapress
O ministro das Cidades, Jader Filho, também criticou o programa de moradia da gestão anterior Casa Verde e Amarela. Segundo ele, o programa gerou um efeito "desastroso" para famílias carentes. Filho afirmou que é "urgente" retomar o Minha Casa Minha Vida, programa petista encerrado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Precisamos retomar obras paralisadas. A minha marca será a das reconquistas na área social e nela tem destaque mais que especial o Minha Casa Minha Vida", disse Filho.
© Foto / Agência Brasil/Beth SantosUnidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida no bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio (imagem referencial)
Unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida no bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio (imagem referencial)
© Foto / Agência Brasil/Beth Santos
Em seu discurso, o ministro Silvio Almeida disse que encontrou o Ministério dos Direitos Humanos "arrasado" e com o "orçamento drasticamente reduzido". "Todo ato ilegal, baseado e praticado no ódio e no preconceito, será revisto por mim e pelo presidente Lula", afirmou. Em outro trecho, o ministro se dirigiu a diversas minorias, como negros e mulheres, afirmando que elas "existem e são valiosas". Almeida também prometeu atenção aos defensores ambientalistas que, em suas palavras, "são os que mais morrem nas mãos de criminosos".
"Direitos humanos não é pauta moral, é pauta política, não é um emblema, é a oportunidade do Estado cumprir o que está na Constituição", afirmou Almeida.
Já o novo ministro da CGU, afirmou que houve uso "indevido" e "indiscriminado" de decretos de sigilo do ex-presidente Jair Bolsonaro e que a "transparência será a regra" ao longo do governo Lula. "Não há democracia e soberania sem um Estado transparente, aberto ao diálogo, ao controle e à participação social. A transparência é regra, e o sigilo é sempre a exceção", afirmou.
Veja abaixo a lista completa dos ministros empossados nesta terça-feira (3):
Silvio Almeida — Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania;
Carlos Lupi – Ministério da Previdência;
Jader Filho – Ministério das Cidades;
Paulo Pimenta – Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom);
Cida Gonçalves - Ministério das Mulheres;
Renan Filho – Ministério dos Transportes;
Luiz Marinho - Ministério do Trabalho e do Emprego;
Vinícius Marques – Controladoria Geral da União (CGU);
Paulo Teixeira – Ministério do Desenvolvimento Agrário;
André de Paula – Ministério da Pesca e Aquicultura.