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'Uma coisa inacreditável', diz Bolsonaro sobre invasões de 8 de janeiro

© Foto / Carolina Antunes / Palácio do Planalto / CCBY 2.0O presidente Jair Bolsonaro durante formatura da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende (RJ), em 24 de setembro de 2020
O presidente Jair Bolsonaro durante formatura da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende (RJ), em 24 de setembro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 16.01.2023
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"Lamento o que aconteceu dia 8 [de janeiro], uma coisa inacreditável", afirmou o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a invasão feita por seus apoiadores aos prédios da Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A declaração foi dada em meio a uma conversa com apoiadores em Orlando, nos Estados Unidos, gravado por um celular. Ele está nos EUA com a família desde o final do ano passado.
Segundo o ex-presidente, durante seu governo, "o pessoal aprendeu o que é política, conheceu os poderes e começou a dar valor à liberdade".
"Eu falava para alguns sobre a liberdade, e eles diziam que era igual ao sol, nasce todo dia, mas não é bem assim não. A gente acredita no Brasil", declarou.
Na última sexta-feira (13), o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e incluiu Bolsonaro na investigação de responsáveis pelas invasões bolsonaristas em Brasília.
O pedido foi acatado pelo ministro Alexandre de Moraes, que cita na decisão uma publicação do ex-presidente nas redes sociais após as invasões.
Segundo Moraes, nesta postagem, Bolsonaro teria se posicionado "de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições", e teria feito acusações "sem quaisquer indícios" contra o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por suposta fraude eleitoral.
Mais cedo, a PGR enviou ao STF um pedido para incluir o ex-presidente no inquérito sobre os "autores intelectuais" e instigadores das invasões. O requerimento foi apresentado à PGR anteriormente por 80 representantes do Ministério Público Federal (MPF).
Nesse requerimento, a publicação de Bolsonaro nas redes sociais — que foi apagada posteriormente — é apontada como possível incitação pública à prática de crime.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Brasília, 5 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 15.01.2023
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