Nebenzya: Kiev está capturando civis para usar como moeda de troca
20:08 17.01.2023 (atualizado: 20:09 17.01.2023)
© Sputnik / Grigory SysoevVasily Nebenzya, novo embaixador russo na ONU. Foto de arquivo (foto de arquivo)
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Nebenzya afirmou que civis estão sendo usados para serem trocados por soldados ucranianos capturados. Ele também alertou que Kiev está promovendo uma perseguição religiosa contra cristãos ortodoxos na Ucrânia.
O Representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, disse nesta terça-feira (17) que Kiev está perseguindo e capturando civis para usá-los em trocas de soldados ucranianos presos pelas forças russas.
Ele afirmou que o governo russo tem conhecimento de centenas de exemplos de pessoas na Ucrânia sendo perseguidas e presas com base em denúncias geralmente feitas apenas porque ouvem música russa e leem mídia em língua russa.
"Então, uma reserva de troca é formada a partir delas. Somos oferecidos a trocá-los por militares ucranianos capturados. E devido ao fato de que um grande número de militares ucranianos foi capturado e rendido, Kiev está tentando elevar essa reserva com prisões generalizadas de sua população civil", disse Nebenzya.
Outro alerta dado por Nebenzya à ONU nesta terça-feira foi a perseguição religiosa promovida pela Ucrânia contra a população cristã ortodoxa.
"A Ucrânia está à beira de um grande conflito religioso interno, como não se viu na história moderna da Europa. A Ucrânia está a um passo de uma catástrofe religiosa fratricida", disse Nebenzya.
Ele acrescentou que, apesar da situação, o regime de Vladimir Zelensky está "simplesmente colocando lenha na fogueira".
Nebenzya não foi o único a expressar preocupação diante do fato. A secretária-geral adjunta de Direitos Humanos da ONU, Ilze Brands Kehris, disse nesta terça-feira, ao Conselho de Segurança, que está preocupada com dois recentes projetos de lei de Kiev.
"Estamos preocupados que dois projetos de lei recentemente aprovados pelo Parlamento [ucraniano] – o projeto de lei 8221 e projeto de lei número 8262 – possam prejudicar o direito de religião ou crença consagrado no artigo 18 do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos", disse Kehris.
Em 2022, 129 igrejas da Igreja Ortodoxa Ucraniana foram tomadas, segundo Volokolamsk Anthony, presidente do Departamento de Relações Externas da Igreja do Patriarcado de Moscou.
"Somente em 2022, 129 igrejas da Igreja Ortodoxa Ucraniana foram tomadas. Ao mesmo tempo, o registro legal de suas novas comunidades foi completamente suspenso", disse ele aos membros do Conselho de Segurança.
"Somente em 2022, 129 igrejas da Igreja Ortodoxa Ucraniana foram tomadas. Ao mesmo tempo, o registro legal de suas novas comunidades foi completamente suspenso", disse ele aos membros do Conselho de Segurança.
Anthony acrescentou que a perseguição religiosa prejudica a possibilidade de diálogo.
"Por muitos séculos, o cristianismo ortodoxo formou a base espiritual e cultural comum da vida dos povos da Rússia e da Ucrânia, e poderia servir para restaurar o entendimento mútuo no futuro. Mas o próprio fundamento de tal diálogo está sendo minado na Ucrânia agora, quando, por iniciativa da liderança da Ucrânia, estão sendo feitas tentativas para destruir a Igreja Ortodoxa da Ucrânia", disse Antony.